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27 setembro 2009

Antoine Watteau

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Jean-Antoine Watteau, mais conhecido por Antoine Watteau ou simplesmente Watteau, nasceu em 10 de Outubro de 1684, em Valenciennes, na França, centro da região de Hainaut, recém-incorporada ao território francês pelas tropas de Luís XIV, e morreu em 18 de Julho de 1721, em Nogent-sur-Marne, aos 37 anos. Foi um grande pintor francês do movimento rococó. Era tio-avô de François-Louis-Joseph Watteau. Tendo sido uma das principais figuras deste período artístico, destacou-se pelas suas pinturas de temas galantes e pastorais inspirados na commedia dell'arte. Talento Watteau revelou já pequeno. Antes dos dez anos, ele rabiscava a lápis ou a carvão, fazendo esboços das coloridas cenas de sua cidade natal. Brueghel, Bosch e Rubens foram suas principais inspirações, artistas que reconhecidamente se utilizavam da luz, sombra e de cores fortes em suas obras. Considerado um homem de gênio difícil, irritável, introspectivo e inquieto. Era distante por natureza e a bajulação de estranhos deixava-o impaciente. Como não se interessava por dinheiro, é provável que não desse o devido valor a seus quadros. Conta-se que certa vez trocou dois quadros por uma peruca, e ainda ficou apreensivo, acreditando que o negociante pudesse vir a sentir-se lesado. Além disso, Watteau tinha tuberculose, o que o debilitou até o matar e que cuja angústia pode ser vista em seus quadros. Seu fascínio era pela vida improvisada, sem rigores, o que o fez abandonar logo a escola. Mesmo assim, seu pai, um mestre-telheiro o apoiava, imaginado que sua carreira lhe traria frutos e o libertaria do trabalho braçal do campo. Assim, Watteau conseguiu ser o jovem aprendiz do pintor Jacques-Albert Gérin, que fazia o jovem copiar frisos gregos e romanos, sem dar-lhe instrução. Alguns anos depois, Gérin se livrou do rapaz que preferia as cenas populares, as pessoas do povo aos frisos clássicos. Desiludido, Watteau conversou com seu pai. Pretendia seguir seus sonhos e para isso ele precisava ir a Paris. Mal preparado financeiramente, com pouca bagagem em pleno inverno de 1702, Watteau chegou à Paris aos dezoito anos. Instalou em uma estalagem bastante simples próximo à ponte de Saint-Denis, onde rapidamente encontrou trabalho, que era copiar estampas e pinturas célebres para comerciantes de quadros e gravuras. Foi por meio destas cópias, mesmo não sendo das melhores e mais fiéis, ele atraiu a atenção e a amizade do pintor Claude Gillot, que exerceu grande influência em sua carreira. Watteau aceitou sua proposta de emprego e largou definitivamente as cópias dos comerciantes. Foi através de Gillot que Watteau deslanchou entre os nobres, onde ele se apaixonou pelo teatro, que seria um dos principais temas de suas obras.
Claude Audran, decorador do Palácio de Luxemburgo, também lhe ofereceu idéias frescas para novas obras, como os simétricos jardins franceses, o que serviu de plano de fundo para suas cenas do campo. Foi através de Audran que Watteau teve contato com Peter Paul Rubens, o que o fez absorver seus toques e estilo, adaptando ao seu próprio gosto. Foi com Rubens que Watteau teve suas lições finais, talvez até por afinidade, já que ambos eram de origem flamenga. Audran também o incluiu, entre 1707 e 1708, no seleto grupo de artistas que, sob sua orientação, decoravam com arabescos e desenhos as residências dos nobres e da aristocracia. Sua criatividade neste tipo de arte fizeram dele um sucesso, já que ele mesclava arabescos fantasiosos com temas mitológicos ou galantarias de pastores a camponesas, introduzindo também minúsculos motivos chineses ou simiescos (as chinoiseries e singeries) que seriam sucesso em toda a Europa. Sua morte prematura também foi pobre. Sem pertences e irrequieto, Watteau morreu nos braços de um amigo, em 18 de julho de 1721.
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