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Esse blog foi criado para apresentar a arte de pintores de toda parte do mundo, de todos os gêneros e de todas as épocas. Aqui a pintura encontra o seu lugar, então... QUEM É O PINTOR ?

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28 setembro 2009

Aldir Mendes

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Aldir Mendes de Sousa, São Paulo, 17 de Maio de 1941 - 12 de Fevereiro de 2007, foi um artista plástico e médico especializado em cirurgia plástica. Autodidata, começou a expor em 1962 e desenvolveu pesquisas em vários setores da arte contemporânea, principalmente no campo da pintura. Construiu uma carreira sólida ao longo de mais de 40 anos atuando no cenário das artes plásticas do Brasil e exterior. A partir de 1969 elegeu o cafeeiro como símbolo da natureza e o representou por uma figura circular de contornos sinuosos. Do cafeeiro surgiu o cafezal, formado pela disposição regular do arbusto em fileiras. A seriação da figura levou-o à perspectiva, e sua síntese formal à geometrização. Na década de 70, desenvolveu extensa obra referenciada ao campo e à cidade. Em 1979 realizou uma exposição baseada na arquitetura de prédios, explorando o formato retangular das janelas. No ano seguinte, desenvolveu uma série de pinturas abstratas geométricas a partir da figura do retângulo. No ano de 1982 comemorou 20 anos de pintura com uma grande exposição retrospectiva no Museu de Arte Brasileira da FAAP, onde foi lançado o livro "Aldir Geometria da Cor". Na época seu tema era "Cidade X Campo", apresentando formas despojadas, ainda sob os efeitos dos trabalhos abstratos. Em 1985, apresentou a fase "Geo/Metria", que é uma síntese de sua pintura abstrata de 1980, e da paisagem rural. Utilizou, a partir de então, o retângulo em perspectiva oblíqua como símbolo, eliminando a linha do horizonte de suas paisagens. A partir de 1987 desenvolveu os trabalhos de pintura em concreto colorido, aproveitando sua expêriencia anterior na realização de murais. Propôs a horizontalização da pintura, proporcionando ao observador uma visão de cima das obras. Em 1990 apresentou a série de pinturas inspiradas no círculo cromático. No ano de 1991 voltou ao tema das cidades mostrando o conjunto "Relatividade Metropolitana". No mesmo ano, expôs com artistas abstratos geométricos brasileiros e italianos no MASP e no Museu Nacional de Belas Artes em Roma e Salerno. Participaram Corpora, Straza, Barsoti, Saciloto e Ianelli. Em 1992 completou 30 anos de pintura com uma exposição no Paço das Artes em São Paulo, e lançando o livro "Geometrie Parlanti", editado na Itália. Ainda em 1992 iniciou a série da "Trajetória e Velocidade da Cor" e da "Paisagem Subatômica". Em 1993 realizou três exposições simultâneas no Campus da Universidade de São Paulo. No Museu de Arte Brasileira da FAAP, apresentou a série "Movimento da Cor" em 1994. Em 1997, expôs com Volpi, Weissman e Ianelli no MASP, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no Museu de Brasília, no projeto "Poetas do Espaço e da Cor". Em 1998 desenvolveu a série de pinturas denominadas "Arco - Íris", com cores claras e aéreas, reintroduzindo a linha do horizonte nos conjuntos de paisagens rurais. Em 1999 iniciou a série dos "quartetos". Em 2001 apresentou-os na Pinacoteca do Estado de São Paulo, em instalação denominada "Pintura para Pisar". Comemorou 40 anos de pintura em 2003 com exposição no MASP Centro - São Paulo. Lançou o livro "Obsessão pela Cor", com textos de Frederico Moraes e Olívio Tavares de Araújo, no "Espaço Cultural Blue Life", mostrando obras que ilustravam a publicação. Nos anos de 2004 e 2005 realizou individuais em galerias do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Brasília, expondo a fase "Geometria Brasileira". Ao longo de sua carreira participou de eventos de destaque como a Bienal Internacional de São Paulo em 1967, 1969, 1971, 1973 e 1977; Bienal Ibero Americana do México, em 1987 e 1989; Bienal de Havana, Cuba, em 1991 além de diversas exposições individuais em galerias dos Estados Unidos, Itália, Portugal, França e Espanha. Em 2005 Aldir descobriu ser portador de uma grave leucemia. Em 2006 realiza a exposição "Cores do Buraco Negro", com performance da bailarina Larissa de Moraes, no Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo. Debilitado pela doença não deixou de produzir, utilizando-se inclusive da doença como motivação e inspiração para suas obras através da série "Campos de Batalha", em que faz analogia à batalha celular ocorrida em seu organismo. Interrompido pelo agravamento de seu quadro clínico Aldir não chegou a expor a nova fase.
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