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Esse blog foi criado para apresentar a arte de pintores de toda parte do mundo, de todos os gêneros e de todas as épocas. Aqui a pintura encontra o seu lugar, então... QUEM É O PINTOR ?

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21 agosto 2009

Diego Velázquez

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Diego Rodríguez de Silva y Velázquez, Sevilha, 6 de Junho de 1599 - Madrid, 6 de Agosto de 1660 foi um pintor espanhol e principal artista da corte do Rei Filipe IV de Espanha.
Filho de um advogado de nobre ascendência portuguesa, Velázquez levou o prenome do avô paterno que, em 1581, deixou Portugal (era originário do Porto) para instalar-se com sua esposa em Sevilha. Sua mãe era de origem sevilhana. Foi um artista tecnicamente formidável, e na opinião de muitos críticos de arte, insuperável pintor de retratos.
Em 1610, sua família percebeu sua vocação e, ainda jovem, Velázquez foi levado para estudar com Francisco Herrera, o velho pintor naturalista apaixonado pela arte de Caravaggio. Em dezembro do mesmo ano, entrou como aprendiz no estúdio de Francisco Pacheco e, em 1611, o pai assinou, em seu nome, um contrato de aprendizado por seis anos com Pacheco, após o que seria submetido a exame, constituído por uma prova teórica e uma prova prática de pintura a óleo. Em Sevilha, a comunidade artística era regida por uma espécie de confraria. A corporação de São Lucas era controlada por Pacheco e Juan de Uceda. Depois de passar pelos exames, Velázquez precisava jurar fidelidade aos estatutos da organização. Só então teria o direito de praticar a arte.
Casado com a filha de seu professor, Juana, com quem teve uma filha, Francisca, logo Velázquez iria se unir a Diego de Melgar, com quem foi para Madrid. A personalidade do seu mestre, Pacheco, tido como pintor medíocre, mas teórico interessante, forneceu uma sólida formação técnica a Velázquez e acesso a um meio que revelou-se valioso para a sua profissão. Pacheco encarregou Velázquez, em sua primeira viagem a Madrid, de encontrar Luís de Góngora, o poeta, e de fazer seu retrato. Durante a viagem, na companhia do poeta Francisco de Rioja - membro da academia sevilhana de Pacheco, foi apresentado a Gaspar de Guzmán conde-duque de Olivares, também sevilhano. A partir daí, Velázquez tem acesso às coleções reais. Em 1623, um ano depois da morte de Rodrigo de Villandrano, um dos cinco pintores do rei, Felipe IV encomenda a Velázquez seu retrato e o nomeia pintor real.
Em seus primeiros trabalhos é possível notar contraste entre zonas escuras e zonas iluminadas por um único foco de luz, uma tentativa de ressaltar volumes e relevos. Esta técnica era característica do tenebrismo e tinha como principal artista Caravaggio, muito conhecido pelo seu sarcasmo. Um exemplo destacante deste período seria Adoração dos Reis Magos (1619).
Como um pintor de retratos inspirado no tenebrismo buscava mostrar os detalhes de cada modelo. Sendo que seu diferencial era não prender-se apenas ao cômico ou ao grotesco dos personagens, retratando todos respeitosamente e destacando a individualidade de cada um.
Velázquez queria ser reconhecido, não só como pintor, tinha também objetivos de ascensão social, queria estar envolvido com a corte real. Foi então que seu sogro, conseguiu através de um amigo, o então conde-duque de Olivares, com que pudesse executar um retrato do rei Filipe IV.
O resultado foi um retrato equestre do rei, o qual ficou maravilhado e concedeu na mesma hora à Velázquez o posto de pintor de câmara da corte real. Pena que o paradeiro desta obra seja desconhecido. Seu ingresso na corte foi o primeiro passo para cumprir seus objetivos dentro da pintura e de sua vida social. Tinha um recurso único que era a permissão de poder visitar sempre que quisesse o acervo real de obras-primas. No período de (1628 - 1629) conheceu o grande mestre do barroco Rubens, que também era membro da corte. Conhecer Rubens foi um divisor de águas para sua obra pictórica.
Aperfeiçoou-se executando inúmeros retratos da corte e quadros históricos. As visitas de Rubens despertaram nele o desejo de conhecer a Itália e conseguiu ser enviado em missão oficial a todas as províncias italianas, comprando obras de arte para a coroa espanhola e tomando conhecimento do trabalho dos melhores artistas. Encontrou-se com Ribera em Nápoles e estudou particularmente os frescos de Michelangelo Buonarroti e de Rafael e a côr e a luz em Tintoretto e Paolo Veronese. Ao voltar de viagem, executou trabalhos religiosos e profanos, assim como retratos equestres do rei e do infante.
Sucederam-se as obras-primas A Rendição de Breda (1634), Vénus ao Espelho, Cavalo Branco, os retratos de bobos da corte e as efígies de Esopo e de Menippe. Executou em Roma o retrato do Papa Inocêncio X que irá, séculos mais tarde, tornar-se uma obsessão na obra de Francis Bacon. A sua fama veio logo após sua morte, começando no início do século XIX, quando se provou um modelo para os artistas realistas e impressionistas, em especial para Edouard Manet. Sua influência estendeu-se para artistas como Pablo Picasso e Salvador Dali.
Até o interesse por Velázquez no século XIX, suas pinturas situadas nos palácios e o museu de Madrid foram pouco conhecidas pelo mundo exterior; elas escaparam do roubo pelos soldados franceses durante a Guerra Peninsular. Em 1828, o sir David Wilkie escreveu de Madrid que ele próprio sentiu a presença de um novo poder na arte quando observou os trabalhos de Velázquez, e ao mesmo tempo encontrou uma maravilhosa afinidade entre este mestre e a Escola Inglesa de pintores de retratos,lembrando-se especialmente do toque firme e quadrado de Henry Raeburn.
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