Belmiro Barbosa de Almeida Júnior, Serro, Minas Gerais, 22 de Maio de 1858 - Paris, 12 de Junho de 1935. Foi pintor, desenhista, caricaturista, mosaicista, restaurador e escultor brasileiro. Começou seus estudos artísticos em 1869, com apenas 19 anos, ao estudar no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, de onde sai em 1874 para ingressar na Academia Imperial de Belas-Artes, onde estuda com mestres do porte de Agostinho José da Mota, Zeferino da Costa, Francisco de Souza Lobo e José Maria de Medeiros, formando-se em 1877. Aluno distintíssimo, revela-se desenhista de primeira ordem e fino colorista. No conturbado ambiente que se forma na Academia Imperial de Belas-Artes entre acadêmicos e modernistas, Belmiro forma neste último grupo, rebelando-se contra o defasado sistema de ensino vigente. Entre os dissidentes, estão: Eliseu Visconti, Rafael Frederico, Décio Villares, Fiúza Guimarães entre outros. A partir desse mesmo ano, a Comédia Popular publica sua primeira caricatura, assinada Bel. Faz primeira viagem a Paris em 1884, por sua própria conta. Na França, Édouard Manet (1832-1883) e Edgar Degas (1834-1917) na pintura, e Gustave Flaubert (1821-1880) e Émile Zola (1840-1902) na literatura, revolucionam o cenário artístico. No lugar certo e na hora certa, Belmiro vivencia um dos grandes momentos culturais da história. A viagem é curta, dura apenas um ano, mas Jules Lefèfre, seu mestre francês, exerce grande influência em seu estilo, o que se pode atestar no corpo de adolescentes pintados por Belmiro: “têm a mesma linearidade e sensualidade do autor de La Verité”, ensina José Roberto Teixeira Leite. Retorna ao Rio de Janeiro em 1885 e funda seu próprio jornal, o Rataplan, em 1886. Nesta época, próxima á proclamação da República, só se aceitava a pintura que contivesse fortes laços conservadores sustentados por velhos mestres da Academia brasileira. É quando surge uma geração rebelde, disposta a quebrar velhos conceitos e abrir caminhos mais animadores para a arte nacional. E nela, embalado, Belmiro pinta e expõe Arrufos em 1887 na Casa de Wilde/RJ e na Academia Imperial de Belas-Artes, uma de suas obras mais conhecidas, que se destaca pela rigorosa fatura e pelo tom de leve ironia com o qual a cena é retratada.
18 agosto 2009
Belmiro de Almeida
Belmiro Barbosa de Almeida Júnior, Serro, Minas Gerais, 22 de Maio de 1858 - Paris, 12 de Junho de 1935. Foi pintor, desenhista, caricaturista, mosaicista, restaurador e escultor brasileiro. Começou seus estudos artísticos em 1869, com apenas 19 anos, ao estudar no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, de onde sai em 1874 para ingressar na Academia Imperial de Belas-Artes, onde estuda com mestres do porte de Agostinho José da Mota, Zeferino da Costa, Francisco de Souza Lobo e José Maria de Medeiros, formando-se em 1877. Aluno distintíssimo, revela-se desenhista de primeira ordem e fino colorista. No conturbado ambiente que se forma na Academia Imperial de Belas-Artes entre acadêmicos e modernistas, Belmiro forma neste último grupo, rebelando-se contra o defasado sistema de ensino vigente. Entre os dissidentes, estão: Eliseu Visconti, Rafael Frederico, Décio Villares, Fiúza Guimarães entre outros. A partir desse mesmo ano, a Comédia Popular publica sua primeira caricatura, assinada Bel. Faz primeira viagem a Paris em 1884, por sua própria conta. Na França, Édouard Manet (1832-1883) e Edgar Degas (1834-1917) na pintura, e Gustave Flaubert (1821-1880) e Émile Zola (1840-1902) na literatura, revolucionam o cenário artístico. No lugar certo e na hora certa, Belmiro vivencia um dos grandes momentos culturais da história. A viagem é curta, dura apenas um ano, mas Jules Lefèfre, seu mestre francês, exerce grande influência em seu estilo, o que se pode atestar no corpo de adolescentes pintados por Belmiro: “têm a mesma linearidade e sensualidade do autor de La Verité”, ensina José Roberto Teixeira Leite. Retorna ao Rio de Janeiro em 1885 e funda seu próprio jornal, o Rataplan, em 1886. Nesta época, próxima á proclamação da República, só se aceitava a pintura que contivesse fortes laços conservadores sustentados por velhos mestres da Academia brasileira. É quando surge uma geração rebelde, disposta a quebrar velhos conceitos e abrir caminhos mais animadores para a arte nacional. E nela, embalado, Belmiro pinta e expõe Arrufos em 1887 na Casa de Wilde/RJ e na Academia Imperial de Belas-Artes, uma de suas obras mais conhecidas, que se destaca pela rigorosa fatura e pelo tom de leve ironia com o qual a cena é retratada.
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Gostaria que analisasse algumas pinturas, as quais atribui a Belmiro de Almeida, pois o pintor de "A moça com livro"; " O Violeiro" (o homem na janela) e "O Caipira" ( o homem sentado no beiral próximo a uma porta) é José Ferraz de Almeida Jr., que nasceu em Itu em 1850 e faleceu em Piracicaba em 1899 (Ambas cidades de São Paulo)
ResponderExcluirFoi corrigido, obrigado pela dica...
ResponderExcluirgostaria de comprar quadros de BELMIRO DE ALMEIDA
ResponderExcluirROGERIO 11 94615384
Por favor, verifique a autoria do quadro dos pescadores neste blog. Todas as referências são de que é obra de Almeida Júnior. Obrigada.
ResponderExcluirMuito bom seu blog. Envio uma contribuição. A cidade de nascimento de Belmiro de Almeida é Serro, e não Serra, como está no texto. Abç.
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