tag:blogger.com,1999:blog-2290557614254294382024-03-05T20:39:08.230-03:00Quem é o Pintor?O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.comBlogger84125tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-16807832111246607082011-04-26T06:47:00.004-03:002011-04-26T07:07:46.134-03:00Slide<OBJECT id=BLOG_video-4f8a626f486cb607 class=BLOG_video_class width=320 height=266 contentId="4f8a626f486cb607"></OBJECT>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-10994042674487177942011-04-11T05:43:00.001-03:002011-04-11T06:15:41.610-03:00Di Cavalcanti<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW2uoQhybmH7UwVuEhFvfxguvw-Byc_r1HNf_kcB1qM8zn-SggmoUc8c6rqZo7HvtoJZ1HFrgCnbUxNN4Qib2nAmMvIJ60VloC0IU9EgQAEaOO2iJGXiRZbbrnp1LyeRiqgxqdZsdIAdgs/s1600/Emiliano+Di+Cavalcanti.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5594250592397293714" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW2uoQhybmH7UwVuEhFvfxguvw-Byc_r1HNf_kcB1qM8zn-SggmoUc8c6rqZo7HvtoJZ1HFrgCnbUxNN4Qib2nAmMvIJ60VloC0IU9EgQAEaOO2iJGXiRZbbrnp1LyeRiqgxqdZsdIAdgs/s400/Emiliano+Di+Cavalcanti.jpg" /></a>Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti, Rio de Janeiro, 6 de setembro de 1897 — Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1976, foi pintor, desenhista, ilustrador e caricaturista brasileiro. Emiliano Di Cavalcanti nasceu em 6 de setembro de 1897, no Rio de Janeiro, na casa de José do Patrocínio, que era casado com uma tia do futuro pintor. Quando seu pai morreu em 1914, Di Cavalcanti obriga-se a trabalhar e faz ilustrações para a revista Fon-Fon. Antes que os trepidantes anos 20 se inaugurem, vamos encontrá-lo estudando Direito. Em 1916, transferindo-se para São Paulo, ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Segue fazendo ilustrações e começa a pintar. O jovem Di Cavalcanti frequenta o atelier do impressionista George Fischer Elpons e torna-se amigo de Mário e Oswald de Andrade. Em 1921 casa-se com Maria, filha de um primo-irmão de seu pai. Entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 idealiza e organiza a Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo, criando para essa ocasião as peças promocionais do evento: catálogo e programa. Faz sua primeira viagem à Europa em 1923, permanecendo em Paris até 1925. Frequenta a Academia Ranson. Expõe em diversas cidades: Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdã e Paris. Conhece Picasso, Léger, Matisse, Eric Satie, Jean Cocteau e outros intelectuais franceses. Retorna ao Brasil em 1926 e ingressa no Partido Comunista. Segue fazendo ilustrações. Faz nova viagem a Paris e cria os painéis de decoração do Teatro João Caetano no Rio de Janeiro. Os anos 30 encontram um Di Cavalcanti imerso em dúvidas quanto à sua liberdade como homem, artista e dogmas partidários. Inicia suas participações em exposições coletivas, salões nacionais e internacionais como a International Art Center em Nova Iorque. Em 1932, funda em São Paulo, com Flávio de Carvalho, Antonio Gomide e Carlos Prado, o Clube dos Artistas Modernos. Sofre sua primeira prisão em 1932 durante a Revolução Paulista. Casa-se com a pintora Noêmia Mourão. Publica o álbum A Realidade Brasileira, série de doze desenhos satirizando o militarismo da época. Em Paris, em 1938, trabalha na rádio Diffusion Française nas emissões Paris Mondial. Viaja ao Recife e Lisboa onde expõe no salão “O Século”; ao retornar é preso novamente no Rio de Janeiro. Em 1936 esconde-se na Ilha de Paquetá e é preso com Noêmia. Libertado por amigos, segue para Paris, lá permanecendo até 1940. Em 1937 recebe medalha de ouro com a decoração do Pavilhão da Companhia Franco-Brasileira, na Exposição de Arte Técnica, em Paris. Com a iminência da Segunda Guerra deixa Paris e retorna ao Brasil, fixando-se em São Paulo. Um lote de mais de quarenta obras despachadas da Europa não chegam ao destino, extraviando-se. Passa a combater abertamente o abstracionismo através de conferências e artigos. Viaja para o Uruguai e Argentina, expondo em Buenos Aires. Conhece Zuília, que se torna uma de suas modelos preferidas. Em 1946 retorna a Paris em busca dos quadros desaparecidos; nesse mesmo ano expõe no Rio de Janeiro, na Associação Brasileira de Imprensa. Ilustra livros de Vinícius de Morais, Álvares de Azevedo e Jorge Amado. Em 1947 entra em crise com Noêmia Mourão - "uma personalidade que se basta, uma artista, e de temperamento muito complicado…". Participa com Anita Malfatti e Lasar Segall do júri de premiação de pintura do Grupo dos 19. Segue criticando o abstracionismo. Expõe na Cidade do México em 1949. É convidado e participa da I Bienal de São Paulo, 1951. Faz uma doação generosa ao Museu de Arte Moderna de São Paulo, constituída de mais de quinhentos desenhos. Beryl passa a ser sua companheira. Nega-se a participar da Bienal de Veneza. Recebe a láurea de melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo, prêmio dividido com Alfredo Volpi. Em 1954 o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro realiza exposição retrospectiva de seus trabalhos. Faz novas exposições na Bacia do Prata, retornando a Montevidéu e Buenos Aires. Publica Viagem de minha vida. 1956 é o ano de sua participação na Bienal de Veneza e recebe o I Prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste. Adota Elizabeth, filha de Beryl. Seus trabalhos fazem parte de exposição itinerante por países europeus. Recebe proposta de Oscar Niemeyer para a criação de imagens para tapeçaria a ser instalada no Palácio da Alvorada; também pinta as estações para a Via-sacra da catedral de Brasília. Década de 60. Ganha Sala Especial na Bienal Interamericana do México, recebendo Medalha de Ouro. Torna-se artista exclusivo da Petite Galerie, Rio de Janeiro. Viaja a Paris e Moscou. Participa da Exposição de Maio, em Paris, com a tela Tempestade. Participa com Sala Especial na VII Bienal de São Paulo. Recebe indicação do presidente João Goulart para ser adido cultural na França, embarca para Paris e não assume por causa do golpe de 1964. Vive em Paris com Ivete Bahia Rocha, apelidada de Divina. Lança novo livro, Reminiscências líricas de um perfeito carioca e desenha jóias para Lucien Joaillier. Em 1966 seus trabalhos desaparecidos no início da década de 40 são localizados nos porões da Embaixada brasileira. Candidata-se a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, mas não se elege. Seu cinquentenário artístico é comemorado. Década de 70. A modelo Marina Montini é a musa da década. Em 1971 o Museu de Arte Moderna de São Paulo organiza retrospectiva de sua obra e recebe prêmio da Associação Brasileira dos Críticos de Arte. Comemora seus 75 anos no Rio de Janeiro, em seu apartamento do Catete. A Universidade Federal da Bahia outorga-lhe o título de Doutor Honoris Causa. Faz exposição de obras recentes na Bolsa de Arte e sua pintura Cinco Moças de Guaratinguetá é reproduzida em selo. Falece no Rio de Janeiro em 26 de Outubro de 1976.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-90050621300476260742010-12-27T01:55:00.003-02:002012-11-04T23:01:46.892-02:00Leonardo da Vinci<div align="justify">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiJPV27R7m9ciZdRERO3IjUbFdHy4zVFjlMPbAvJsNkYOTOaBrzQ14LX1JW_cEfL8yZpZsXtXefq03Xkv2oLl6jsCGtp9HfqGDBuoUELT6escy97I58JIS3cgH-DR1qvV4Kq_9z9ZQZXjl/s1600/Leonardo+Da+Vinci.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5555215576596757906" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiJPV27R7m9ciZdRERO3IjUbFdHy4zVFjlMPbAvJsNkYOTOaBrzQ14LX1JW_cEfL8yZpZsXtXefq03Xkv2oLl6jsCGtp9HfqGDBuoUELT6escy97I58JIS3cgH-DR1qvV4Kq_9z9ZQZXjl/s400/Leonardo+Da+Vinci.jpg" style="cursor: hand; display: block; height: 400px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 300px;" /></a>Leonardo di ser Piero da Vinci, Vinci, 15 de abril de 1452 – Amboise, 2 de maio de 1519, foi um polímata italiano, uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. É ainda conhecido como o precursor da aviação e da balística. Leonardo frequentemente foi descrito como o arquétipo do homem do Renascimento, alguém cuja curiosidade insaciável era igualada apenas pela sua capacidade de invenção. É considerado um dos maiores pintores de todos os tempos, e como possivelmente a pessoa dotada de talentos mais diversos a ter vivido. Segundo a historiadora de arte Helen Gardner, a profundidade e o alcance de seus interesses não tiveram precedentes e sua mente e personalidade parecem sobre-humanos para nós, e o homem em si [nos parece] misterioso e distante. Nascido como filho ilegítimo de um notário, Piero da Vinci, e de uma camponesa, Caterina, em Vinci, na região da Florença, foi educado no ateliê do renomado pintor florentino, Verrocchio. Passou a maior parte do início de sua vida profissional a serviço de Ludovico Sforza (Ludovico il Moro), em Milão; trabalhou posteriormente em Roma, Bolonha e Veneza, e passou seus últimos dias na França, numa casa que lhe foi presenteada pelo rei Francisco I. Leonardo era, em seu tempo, como até hoje, conhecido principalmente como pintor. Duas de suas obras, a Mona Lisa e A Última Ceia, estão entre as pinturas mais famosas, mais reproduzidas e mais parodiadas de todos os tempos, e sua fama se compara apenas à Criação de Adão, de Michelangelo. O desenho do Homem Vitruviano, feito por Leonardo, também é tido como um ícone cultural, é foi reproduzido por todas as partes, desde o euro até camisetas. Cerca de quinze de suas pinturas sobreviveram até os dias de hoje; o número pequeno se deve às suas experiências constantes - e frequentemente desastrosas - com novas técnicas, além de sua procrastinação crônica. Ainda assim, estas poucas obras, juntamente com seus cadernos de anotações - que contêm desenhos, diagramas científicos, e seus pensamentos sobre a natureza da pintura - formam uma contribuição às futuras gerações de artistas que só pode ser rivalizada à de seu contemporâneo, Michelangelo. Leonardo é reverenciado por sua engenhosidade tecnológica; concebeu idéias muito à frente de seu tempo, como um helicóptero, um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, o casco duplo nas embarcações, e uma teoria rudimentar das placas tectônicas. Um número relativamente pequeno de seus projetos chegou a ser construído durante sua vida (muitos nem mesmo eram factíveis). Mas algumas de suas invenções menores, como uma bobina automática, e um aparelho que testa a resistência à tração de um fio, entraram sem crédito algum para o mundo da indústria. Como cientista, foi responsável por grande avanço do conhecimento nos campos da anatomia, da engenharia civil, da óptica e da hidrodinâmica. Leonardo da Vinci é considerado por vários o maior gênio da história, devido a sua multiplicidade de talentos para ciências e artes, sua engenhosidade e criatividade, além de suas obras polêmicas. Num estudo realizado em 1926 seu QI foi estimado em cerca de 180. Leonardo nasceu em 15 de abril de 1452, "na terceira hora da noite", de um sábado, no vilarejo de Anchiano, na comuna italiana de Vinci, na Toscana, situada no vale do rio Arno, dentro do território dominado à época por Florença. Era filho ilegítimo de Messer Piero Fruosino di Antonio da Vinci, um notário florentino, e Caterina, uma camponesa que pode ter sido uma escrava oriunda do Oriente Médio. Leonardo não tinha um sobrenome no sentido atual; "da Vinci" significa simplesmente "de Vinci": seu nome completo de batismo era "Leonardo di ser Piero da Vinci", que significava "Leonardo, (filho) de (Mes) ser Piero de Vinci". O próprio Leonardo da Vinci assinava seus trabalhos simplesmente como Leonardo ou Io Leonardo ("Eu, Leonardo"); presume-se que ele não usou o nome do pai por causa do estado ilegítimo.<br />
Infância, 1452–1466<br />
Pouco se sabe da infância de Leonardo. Provavelmente passou os seus primeiros quatro ou cinco anos no vilarejo de Anchiano, e depois do casamento de sua mãe com Accattabriga del Vaca, mudou-se para a casa da família de seu pai: seu avô, Antonio, e tio, Francesco, na pequena cidade de Vinci. Seu pai se casou com uma jovem de dezesseis anos chamada Albiera di Giovanni Amadori, que amou Leonardo, que a chamava de madrinha, porém, morreu muito cedo sem filhos -e Leonardo testemunharia a mais três casamentos de seu pai Piero. A morte do avô de Leonardo, a quem muito estimava, também foi por volta desse período. Em sua vida adulta, Leonardo só se recordaria de dois incidentes de sua infância, um deles, tinha como presságio: Parece-me que sempre fui destinado a me interessar muito profundamente por falcões, pois me lembro como uma de minhas primeiras recordações que, quando estava no berço, um falcão desceu sobre mim e abriu minha boca com a cauda, e me bateu muitas vezes entre os lábios com ela. O segundo ocorreu enquanto ele explorava as montanhas da região, e depois de vagar por alguma distância entre as rochas projetadas acima, cheguei à boca de uma imensa caverna, diante da qual me quedei por algum tempo estupefato, pois ignorava a sua existência (…) e após ficar ali algum tempo, de repente despertaram dentro de mim duas emoções - medo e desejo - medo da escura e ameaçadora caverna, desejo de ver se haveria alguma coisa maravilhosa lá dentro. A infância e juventude de Leonardo foram tema de diversas conjunturas históricas. Giorgio Vasari, biógrafo do século XVI que escreveu sobre os pintores do Renascimento, conta como um camponês local teria pedido a Ser Piero que mandasse seu filho pintar um quadro numa placa redonda ou escudo. Leonardo respondeu com uma pintura de serpentes soltando fogo -ou mesmo um dragão- tão terrível e mesmo assim tão surpreendente que Ser Piero decidiu vender para um negociante de arte florentino que, por sua vez, a vendeu ao Duque de Milão. Enquanto isso, com o lucro da venda, Ser Piero comprou uma placa, decorada com um coração penetrado por uma flecha, que ele deu ao camponês. Na sua adolescência, Leonardo foi fortemente influenciado por duas grandes personalidades da época, Lourenço de Médici e o grande artista Andrea del Verrocchio. Em 1466, com catorze anos, Leonardo passou a ser aprendiz de um dos mais bem-sucedidos artistas de seu tempo, Andrea di Cione, conhecido como Verrocchio (Olho verdadeiro). O ateliê de Verrocchio estava no centro das correntes intelectuais de Florença, o que garantiu ao jovem Leonardo uma educação nas ciências humanas. Outros pintores famosos que passaram por um aprendizado neste mesmo ateliê foram Ghirlandaio, Perugino, Botticelli e Lorenzo di Credi. Leonardo foi exposto desde cedo a uma vasta gama de técnicas, e teve a oportunidade de aprender desenho técnico, química, metalurgia, mecânica, carpintaria, a trabalhar com materiais como couro e metal, fazer moldes, além das técnicas artísticas de desenho, pintura, escultura e modelagem. Boa parte da produção de pinturas do ateliê de Verrocchio era feita por seus funcionários. De acordo com Vasari, Leonardo colaborou com Verrocchio em seu O Batismo de Cristo, pintando o jovem anjo da esquerda, que segura a túnica de Jesus de maneira tão superior ao seu próprio mestre que Verrocchio teria decidido nunca mais pintar. Isto provavelmente é um exagero; mas um exame atento da pintura mostra que existem diversos retoques feitos sobre a têmpera utilizando a nova técnica de pintura a óleo, como o cenário, as rochas que podem ser vistas ao fundo e boa parte da figura do próprio Jesus, todas testemunhas da mão de Leonardo. O próprio Leonardo pode ter sido o modelo para duas obras de Verrocchio, incluindo a estátua de bronze de David, no Bargello, e o Arcanjo em Tobias e o Anjo. Na altura apenas se disse que a estátua de David tinha sido inspirada num dos mais belos aprendizes do atelier de Verrocchio. Em 1472, com vinte anos de idade, Leonardo se qualificou para o cargo de mestre na Guilda de São Lucas, uma guilda de artistas e doutores em medicina, porém mesmo depois de seu pai ter montado seu próprio ateliê, sua ligação com Verrocchio permaneceu tanta que ele continuou a colaborar com ele. Aos poucos, as pessoas da corte passam a fazer encomendas diretamente a Leonardo. Sua obra mais antiga a ser datada é um desenho em pena e tinta do vale do Arno, feito em 5 de agosto de 1473. Em 1476, Leonardo da Vinci, juntamente com mais três alunos do ateliê de Verrocchio, foram acusados de sodomia; segundo a acusação referente a Leonardo, ele teria tido relações homossexuais com Jacopo Saltarelli, um jovem de 17 anos muito popular à época em Florença como prostituto. Diante, no entanto, da falta de provas concretas que confirmassem semelhante acusação, Leonardo foi absolvido. A partir desta data até 1478 não existem registros nem de obras suas nem de seu paradeiro, embora se costuma presumir que Leonardo tenha estado no ateliê, em Florença, entre 1476 e 1481. Em 1478 foi-lhe encomendada a pintura de um retábulo para a Capela de São Bernardo, e a Adoração dos Magos, em 1481, para os monges de San Donato a Scopeto. Esta importante comissão foi interrompida com a ida de Leonardo para Milão. Em 1482 Leonardo, que de acordo com Vasari era um músico muito talentoso, criou uma lira de prata, com a forma da cabeça de um cavalo. Lourenço de Médici, dito "il Magnifico", grande humanista, enviou Leonardo, a portar a lira como um presente, a Milão, para selar a paz com Ludovico Sforza (dito il Moro, "o Mouro"), Duque de Milão não oficial. Foi nesta época que Leonardo da Vinci escreveu uma carta a Ludovico, citada frequentemente, na qual ele descreve as coisas diversas e maravilhosas que ele conseguia realizar no campo da engenharia, e informando o seu senhor que ele também podia pintar. Leonardo continuou a trabalhar em Milão, entre 1482 e 1499. Recebeu a encomenda de pintar a Virgem dos Rochedos para a Confraria da Imaculada Conceição, e a Última Ceia para o mosteiro de Santa Maria delle Grazie. Enquanto vivia em Milão, entre 1493 e 1495, Leonardo listou uma mulher, chamada Caterina, entre seus dependentes, nas suas declarações de imposto de renda. Quando ela morreu, em 1495, a lista dos gastos com o funeral sugere que ela pode ter sido sua mãe. Trabalhou em diversos projetos para Ludovico, incluindo o preparo de carros alegóricos e desfiles para ocasiões especiais, o projeto de uma cúpula para a Catedral de Milão, e um modelo de um imenso monumento equestre para Francesco Sforza, o antecessor de Ludovico. Setenta toneladas de bronze foram separadas para a sua confecção; o monumento permaneceu inacabado por diversos anos, o que não foi comum na carreira de Leonardo. Em 1492 um modelo de argila foi terminado; ele era maior, em tamanho, que as duas únicas estátuas equestres do Renascimento, a estátua de Gattemelata, em Pádua, e a de Bartolomeo Colleoni, de Verrocchio, em Veneza, e ficou conhecido como o "Gran Cavallo". Leonardo começou a fazer os projetos detalhados para a sua fundição; Michelangelo, no entanto, sugeriu, de maneira indelicada, que Leonardo seria incapaz de fazê-lo. Em novembro de 1494 Ludovico usou o bronze para fabricar canhões, visando defender a cidade da invasão de Carlos VIII da França. No início da Segunda Guerra Italiana, em 1499, as tropas invasoras francesas de Luís XII sucessor de Carlos VIII, utilizaram-se do modelo de argila do Gran Cavallo como alvo para praticar tiro. Com a deposição de Ludovico Sforza, Leonardo, juntamente com seu assistente, Salai, e seu amigo, o matemático Luca Pacioli, abandonou Milão e fugiu para Veneza, passando por Mântua, sendo que em Veneza foi empregado como arquiteto e engenheiro militar, planejando métodos de defender a cidade de um ataque naval. Ao retornar para Florença, em 1500, foi recebido, juntamente com sua família e criadagem, pelos monges servitas do mosteiro de Santissima Annunziata, onde tinha à sua disposição um ateliê. Foi ali que, de acordo com Vasari, ele criou o desenho da Virgem, o Menino, Sant'Ana e São João Batista - uma obra que conquistou tanta admiração que homens e mulheres, jovens e velhos vinham vê-la, em massa, como se estivessem frequentando um grande festival. Em 1502 Leonardo passou a trabalhar para César Bórgia, filho do Papa Alexandre VI, atuando como arquiteto e engenheiro militar, e viajando por toda a Itália com seu patrão; é nessa viagem que conhece Nicolau Maquiavel. Retornou à Florença, onde voltou a fazer parte da Guilda de São Lucas, em 18 de outubro de 1503; recebeu a encomenda de um retrato: a Mona Lisa, e passou os dois anos seguintes desenhando e pintando um grande mural da Batalha de Anghiari para a Signoria, enquanto Michelangelo foi responsável pela peça que a acompanhava, A Batalha de Cascina. Ainda em Florença, em 1504, fez parte de um comitê formado para transferir, contra a vontade do próprio autor, Michelangelo, a célebre estátua do Davi. Em 1506 retornou a Milão. Muitos dos seus pupilos e seguidores mais importantes, no campo da pintura, ou o conheceram ou trabalharam com ele naquela cidade, incluindo Bernardino Luini, Giovanni Antonio Boltraffio e Marco D'Oggione. Seu pai morreu em 1504, e como resultado, em 1507 Leonardo teve de voltar à Florença para resolver com seus irmãos os problemas decorrentes da herança e das propriedades paternas. No ano seguinte retornou para Milão sobre solicitação do governador francês Charles d'Amboise, para resolver problemas de trabalhos inconclusos, onde passou a viver em sua própria casa, na região da Porta Orientale, na paróquia de Santa Babila. Após mercenários suíços expulsarem os franceses em 1512, Massimiliano Sforza filho de Ludovico, ascende ao poder, e Leonardo fica sem patrono. No ano seguinte é convidado por Giuliano de' Médici filho do il Magnifico, para viajar para Roma, que está sobre o controle do Papa Leão X, um Médici. De setembro de 1513 a 1516 Leonardo passou a maior parte do seu tempo vivendo no Belvedere, no Vaticano, em Roma, período durante o qual Rafael e Michelangelo também estavam em atividade. Em outubro de 1515, Francisco I da França reconquistou Milão; Leonardo estava presente no encontro entre Francisco I e o Papa Leão X, em 19 de dezembro, ocorrido em Bolonha. Foi de Francisco que Leonardo recebeu a encomenda de construir um leão mecânico, que pudesse caminhar para a frente, e abrir seu peito, revelando um ramalhete de lírios. Em 1516 passou a trabalhar diretamente a serviço de Francisco, e foi-lhe concedido o solar de Clos Lucé, próximo à residência do rei, no Castelo de Amboise. Foi aqui que ele passou os três últimos anos de sua vida, acompanhado por seu amigo e aprendiz, o conde Francesco Melzi, e sustentado por uma pensão de totalizada 10.000 escudos. Leonardo morreu em Clos Lucé, em 2 de maio de 1519. Francisco havia se tornado um grande amigo; e Vasari relata que o rei segurava a cabeça de Leonardo em seus braços quando este morreu - embora a história, amada pelos franceses e retratada em pinturas românticas de artistas como Ingres e Angelica Kauffmann, podem ser mais lenda do que realidade. Vasari também conta que, em seus últimos dias, Leonardo teria pedido que um padre lhe fosse trazido, para que se confessasse e recebesse a extrema unção. De acordo com o que pediu em seu testamento, sessenta mendigos seguiram o seu cortejo. Foi enterrado na Capela de Saint-Hubert, no Castelo de Amboise. Melzi foi o principal herdeiro e inventariante, e recebeu, além de todo o dinheiro de Leonardo, todos os seus cadernos, ferramentas, sua biblioteca e seus objetos pessoais. Leonardo também se lembrou de seu antigo pupilo e companheiro, Salai, e de seu criado, Battista di Vilussis; cada um recebeu uma metade das vinhas de Leonardo, sendo que de Salai tornaram-se posses as pinturas que acompanhavam o mestre desde então. Seus irmãos também receberam terras, e sua criada recebeu um manto negro de bom material, com as bordas de pele. Cerca de vinte anos após a morte de Leonardo, o rei Francisco teria falado, segundo o escultor Benvenuto Cellini: "Nunca nasceu no mundo outro homem que soubesse tanto quanto Leonardo, nem tanto [por seus conhecimentos] de pintura, escultura e arquitetura, mas por ele ter sido um grande filósofo. Leonardo começou seu aprendizado com Verrocchio em 1466, no ano em que morreu o mestre do próprio Verrocchio, o grande escultor Donatello. O pintor Uccello, cujas experiências com a perspectiva influenciariam o desenvolvimento da pintura de paisagem, já era um homem de idade muito avançada, e os pintores Piero della Francesca e Fra Filippo Lippi, o escultor Luca della Robbia, e o arquiteto e escritor Alberti já estavam em seus sessenta anos de idade. Entre os artistas mais bem sucedidos da geração seguinte estavam, além do próprio professor de Leonardo, Verrocchio, Antonio Pollaiuolo e o escultor Mino de Fiesole, cujos bustos realistas são até hoje as evidências mais confiáveis da aparência real do pai de Lourenço de Médici, Piero, e de seu tio, Giovanni. Leonardo passou sua juventude numa Florença decorada pelas obras destes artistas, e pelos contemporâneos de Donatello, como Masaccio - cujos afrescos figurativos estavam imbuídos de realismo e emoção, ou de Ghiberti, cujas Portas do Paraíso, folheadas a ouro, mostravam a arte da combinação de composições figurativas complexas com fundos arquitetônicos ricamente detalhados. Piero della Francesca fez um estudo detalhado da perspectiva, e foi o primeiro pintor a fazer um estudo científico da luz. Estes estudos, juntamente com o Trattato de Leone Battista Alberti, teriam um efeito profundo nos artistas mais jovens, e especialmente nas próprias observações e obras de Leonardo. A Expulsão do Jardim do Éden, de Massaccio, mostrando Adão e Eva nus e transtornados, abandonando o Jardim do Éden, criou uma imagem tremendamente expressiva da forma humana, representada em três dimensões através do uso de luz e sombra - algo que seria desenvolvido nas obras de Leonardo a ponto de influenciar a história da pintura a partir de então. As influências humanistas do Davi de Donatello podem ser vistas nas pinturas da velhice de Leonardo, em especial o São João Batista. Uma tradição recorrente em Florença era a de pequenos retábulos retratando a Virgem e o Menino. Muitas eram feitas em têmpera ou terracota vitrificada, pelos ateliês de Filippo Lippi, Verrocchio e da prolífica família della Robbia. As primeiras madonas de Leonardo, como A Virgem do Cravo e Virgem Benois seguiram nesta tradição, embora mostrassem diferenças idiossincráticas, especialmente no caso da Virgem Benois, na qual a Virgem está retratada num ângulo oblíquo ao espaço do quadro, com o Menino Jesus num ângulo oposto. O mesmo tema reapareceria em diversas pinturas posteriores de Leonardo, como A Virgem e o Menino com Santa Ana. Leonardo foi contemporâneo de Botticelli, Ghirlandaio e Perugino, embora fossem um pouco mais velhos que ele. Teria conhecido todos no ateliê de Verrocchio, com quem eles tinham ligações, e na Academia dos Médici. Botticelli era especialmente preferido pela família Médici, e seu sucesso como pintor era praticamente garantido. Ghirlandaio e Perugino eram prolíficos, e também gerenciavam grandes ateliês; foram responsáveis por comissões realizadas com competência, para patronos satisfeitos, que apreciavam a habilidade de Ghirlandaio de retratar os cidadãos ricos de Florença em grandes afrescos religiosos, e a habilidade de Perugino em criar multidões de santos e anjos de inescapável doçura e inocência. Estes três estavam entre os que foram comissionados para pintar as paredes da Capela Sistina, no Vaticano, obra que havia sido iniciada por Perugino em 1479. Leonardo não fez parte desta comissão de prestígio; sua primeira encomenda significante, a Adoração dos Magos, para os monges de Scopeto, nunca foi terminada. Em 1476, durante o período em que Leonardo esteve ligado ao ateliê de Verrocchio, o pintor flamengo Hugo van der Goes chegou em Florença, trazendo o Retábulo de Portinari e as novas técnicas de pintura do Norte da Europa que afetariam profundamente os pintores florentinos do período. Em 1479 o pintor siciliano Antonello da Messina, que trabalhava exclusivamente com óleos, viajou para o norte, em direção a Veneza, onde o principal pintor da cidade, Giovanni Bellini, também adotara a técnica da pintura a óleo, transformando-a rapidamente na técnica preferida do local. Leonardo também visitaria Veneza algum tempo depois. Como dois arquitetos contemporâneos, Bramante e Antonio da Sangallo, o Velho, Leonardo experimentou com projetos para igrejas planejadas centralmente, diversas das quais aparecem em seus diários, tanto em plantas quanto vistas - embora nenhum destes projetos tenha chegado a ser posto em prática. Os contemporâneos políticos de Leonardo foram Lourenço de Médici (il Magnifico), três anos mais velhos que ele, e seu popular irmão mais novo, Giuliano, morto na Congiura dei Pazzi de 1478. Ludovico Sforza (il Moro), que governou Milão entre 1479 e 1499, período durante o qual Leonardo foi enviado como embaixador em nome da corte dos Médici, também tinha aproximadamente a mesma idade. Juntamente com Alberti, Leonardo passou a frequentar o lar dos Médici, e através deles conheceu filósofos humanistas como Marsilio Ficino, proponente do neoplatonismo, Cristoforo Landino, autor de comentários sobre os escritos da Antiguidade Clássica, e João Argyropoulos, professor de grego e tradutor das obras de Aristóteles. Outro contemporâneo de Leonardo que também teve seu nome associado à Academia dos Médici foi o jovem e brilhante poeta e filósofo Pico della Mirandola. Leonardo escreveu mais tarde, na margem de um de seus diários: "Os Médici me fizeram, e os Médici me destruíram." Embora tenha sido através de Lourenço que Leonardo receberia importantes trabalhos em Milão, não se sabe o que ele quis dizer exatamente com este comentário críptico. Embora costumem ser agrupados como os três gigantes do Alto Renascimento, Leonardo, Michelangelo e Rafael não pertenceram à mesma geração. Leonardo tinha vinte e três anos quando Michelangelo nasceu, e trinta e um no nascimento de Rafael, este último teve uma vida curta, morrendo em 1520, no ano após a morte de Leonardo; já Michelangelo continuou criando por mais 45 anos. Ao longo da vida de Leonardo, seu extraordinário poder de inventividade, sua "espetacular beleza física", "graça infinita", "grande força e generosidade", "espírito régio e tremendo alcance mental", como foram descritos por Vasari, atraíram a curiosidade daqueles que o cercavam. Diversos autores especularam sobre os vários aspectos da personalidade de Leonardo; um deles, a sua adoção de éticas e práticas pessoais, que podem ser ocasionadas de sua crescente admiração pela natureza e suas criaturas, como pode ser exemplificado por seu vegetarianismo e o hábito, descrito também por Vasari, de comprar pássaros engaiolados e libertá-los. Leonardo teve muitos amigos que se tornaram profissionais renomados em seus campos, ou que são célebres até hoje por sua importância histórica. Entre eles está o matemático Luca Pacioli, com quem ele colaborou num livro na década de 1490, assim como Franchinus Gaffurius e Isabella d'Este, a grande dama do Renascimento. Com a exceção desta última, Leonardo parece não ter se relacionado intimamente com mulheres. Isabella foi retratada por ele durante uma viagem que levou-os a Mântua; o retrato teria sido usado como rascunho para uma pintura, que não existe mais. Além de suas amizades, Leonardo mantinha sua vida privada em segredo. Sua sexualidade foi alvo frequente de estudos, análises e especulações. Esta tendência já se iniciou no meio do século XV, e tomou novo ímpeto nos séculos XIX e XX, especialmente a partir de Sigmund Freud. Os relacionamentos mais íntimos de Leonardo foram com seus dois pupilos, Gian Giacomo Caprotti da Oreno, apelidado Salai ou il Salaino ("pequeno diabo" na gíria da época), que entrou para o seu convívio familiar em 1490. Depois de apenas um ano, Leonardo fez uma lista de suas contravenções, chamando-o de "um ladrão, um mentiroso, teimoso, e glutão", depois de ele ter roubado dinheiro e objetos de valor em pelo menos cinco ocasiões, e gastar uma fortuna em roupas. Ainda assim, em seus primeiros anos, os cadernos de Leonardo contêm diversas pinturas do estudante, que permaneceu como parte da família de Leonardo pelos trinta anos seguintes. Salai também fez uma série de pinturas, sob o nome de Andrea Salai; embora Vasari tenha alegado que Leonardo "ensinou-lhe muito sobre pintura", sua obra é geralmente considerada como tendo um mérito artístico menor do que outros pupilos de Leonardo, como Marco d'Oggione e Boltraffio. Em 1515 Salai pintou uma versão nua da Mona Lisa, conhecida como Mona Vanna. O próprio Salai era proprietário da Mona Lisa na ocasião de sua morte, em 1525, e em seu testamento ela foi estimada em 505 liras, um valor excepcionalmente alto para um pequeno retrato. Em 1506 Leonardo acolheu outro pupilo, o conde Francesco Melzi, filho de um aristocrata da Lombardia. Melzi, estudante predileto de Leonardo, viajou com o tutor para a França, onde esteve ao seu lado durante todo o fim de sua vida. Com a morte de Leonardo, Melzi herdou as coleções, manuscritos e obras artísticas e científicas de Leonardo, patrimônio que ele administrou fielmente a partir de então. Apesar do recente interesse e admiração por Leonardo como cientista e inventor, durante mais de quatrocentos anos a sua enorme fama apoiou-se nos seus feitos como pintor e num punhado de obras, autenticadas ou atribuídas a ele, que têm sido vistas desde então como algumas das obras-primas supremas já criadas pelo homem. Estas pinturas ficaram famosas por uma série de qualidades que foram muito imitadas por estudantes e discutidas extensivamente por conhecedores e críticos. Entre algumas destas qualidades que tornam a obra de Leonardo única estão as técnicas inovadoras que ele usou na aplicação da tinta, seu conhecimento detalhado de anatomia, luz, botânica e geologia, seu interesse na fisiognomonia e na maneira pelo qual os humanos registram emoções em suas expressões e gestos, seu uso inovador da forma humana em composições figurativas, e o uso da graduação sutil da tonalidade. Todas estas qualidades encontram-se reunidas em suas obras mais famosas, como a Mona Lisa, A Última Ceia e a Virgem dos Rochedos. A Última Ceia (L'ultima cena ou Cenacolo), em Milão, é uma das mais conhecidas pinturas atribuídas a da Vinci, exposta no refeitório do convento de Santa Maria delle Grazie e tema central da obra O Código da Vinci de Dan Brown, assim como a Mona Lisa (também conhecida como La Gioconda, exposta no museu do Louvre, em Paris). Leonardo não foi um pintor prolífico, mas foi o mais prolífico desenhista (projetista), mantendo diários cheios de pequenos rascunhos e desenhos detalhados registrando todas as coisas que lhe chamavam atenção. Juntamente com os diários, existem diversos estudos de pinturas, alguns dos quais podem ser identificados como preparações para trabalhos específicos como A Adoração dos Magos, a Virgem dos Rochedos e A Última Ceia. Seu desenho mais antigo, é o Vale do Arno (1473), que ostenta as montanhas tão frequentes em suas obras. Entre seus desenhos mais famosos está o Homem Vitruviano, um estudo das proporções do corpo humano, e a Cabeça de Anjo, esboço de Uriel em A Virgem dos Rochedos, no Louvre, e um grande desenho em giz, A Virgem, o Menino, Sant'Ana e São João Batista, na National Gallery em Londres. Este desenho emprega efeito sutil do sfumato, técnica de sombreamento presente em Mona Lisa. Pensa-se que Leonardo nunca fez uma pintura a partir dele, mas há uma notável semelhança com a pintura A Virgem e o Menino com Santa Ana, atualmente no Louvre. Outros desenhos de interesse incluem numerosos estudos geralmente referidos como "caricaturas", porque, embora exagerados, parecem ser baseados em observação de modelos vivos, como Cabeças Grotescas. Vasari refere que, se Leonardo encontrar-se pessoas com personalidade interessante, ele iria acompanhá-las o dia todo observando. Existem numerosos estudos de belos jovens, muitas vezes associados a Salai, com sua rara e muito admirada beleza facial, o então chamado "perfil grego". Outros estudos muito detalhados são os de roupagens, um bom exemplo é o macabro Retrato de Bernardo di Bandino Baroncelli executado, em que com desapaixonada integridade Leonardo descreve as vestes do participante da Congiura dei Pazzi.<br />
<strong>Primeiras obras.</strong>Em Florença, 1466-1482.<br />
Leonardo da Vinci nasceu no seio de uma família cujas posses equivaliam à riqueza das famílias que hoje chamamos classe-média, instruída e altruísta. Jovem, Leonardo revelou desde cedo uma aptidão genial para o desenho, área em que, tecnicamente, mais se destacou, pelo menos na sua carreira prematura. Segundo, Giorgio Vasari, sua família, amiga íntima da família de Verrocchio, tinha um estreito contato com a arte florentina. Messer Piero, pai de Da Vinci, levou um dia alguns dos trabalhos de Leonardo ao ateliê do pintor, questionando-o sobre o eventual talento de Leonardo e se valeria a pena investir no jovem. Verrocchio ficou espantado com a habilidade de Leonardo e, prontamente, aceitou o jovem no seu estúdio. Os trabalhos prematuros de Leonardo resumiam-se, de fato, a desenhos, esboços a carvão, tinta nanquim ou aguada. Embora somente se conheça um retrato masculino a óleo na sua obra, o pintor explorou com ênfase o retrato da virilidade masculina, um interesse que se revela mesmo neste tempo de aprendiz. Um dos seus trabalhos mais intrigantes deste início de carreira é Retrato de Bernardo di Baroncelli executado, já no estúdio de Verrocchio, a pena e tinta, realizado a caneta de aparo sobre papel preparado, que conclui o maior registro desenhado, realizado em 29 de dezembro de 1479. Trata-se do retrato de um cadáver, um participante da Congiura dei Pazzi, executado pelo assassinato de Giuliano de' Medici. Na inscrição no topo do papel, Leonardo descreve o vestuário do executado, incluindo as cores com sua típica escrita invertida. Na margem inferior direita do trabalho aparece ainda uma cabeça. Referência notável para o seu trabalho é a facilidade e o domínio do traço, que revelaria mais tarde no pincel. Duas outras pinturas parecem datar deste seu período no ateliê de Verrocchio, ambas Anunciações. Uma é pequena, com 59 centímetros por 14; é uma predella, destinada a adornar a base de uma composição maior - neste caso, uma pintura de Lorenzo di Credi da qual ela foi separada. A outra é uma obra muito maior, com 2 metros e 17 centímetros. Em ambas as Anunciações Leonardo utilizou-se de um arranjo formal (como nas célebres pinturas de Fra Angelico sobre o mesmo assunto), da Virgem Maria sentada ou ajoelhada à direita do quadro, com um anjo de perfil se aproximando pela esquerda, com as asas eretas e portando um lírio em um cenário aberto, com um rico jogo de perspectiva linear. Embora tenha sido atribuído anteriormente a Ghirlandaio, a maior das duas obras é considerada de maneira unânime nos dias de hoje como sendo de Leonardo. Na menor das pinturas Maria desvia seus olhos, e dobra suas mãos, num gesto que simbolizava a submissão à vontade de Deus; na outra, no entanto, Maria não está nem um pouco submissa. A bela jovem, interrompida em sua leitura por este inesperado mensageiro, coloca um dedo na sua Biblia para marcar o lugar onde parou e levanta sua outra mão num gesto formal de saudação ou surpresa. Esta jovem tranquila parece aceitar seu papel como a Mãe de Deus, não com resignação, mas com confiança. Nesta pintura o jovem Leonardo apresenta a face humanista da Virgem Maria, reconhecendo o papel da humanidade na encarnação de Deus. Uma série de estudos meticulosos o levou a concretizar trabalhos como A Anunciação ou a futura Virgem do Cravo. O estudo de roupagens das personagens das obras são um dos marcos do seu percurso artístico, concebidos com uma primazia notável. Baseando-se em esculturas ou modelos de madeira ou terracota, cobertos por panejamentos e jóias - algo em voga, para não ter que pagar cortesãs para posarem para si - Leonardo desenvolveu as suas competências no desenho e sabendo-o bem, no seu Trattato della Pittura, aconselha os artistas a praticarem o desenho através do estudo de relevos e esculturas. Estes estudos, primeiramente postos em prática pelo artista, prepararam um génio sagaz e um mestre inconfundível. O humanista Paolo Giovio e Vasari referem constantemente nas suas obras, a perfeição do jovem artista nos seus desenhos, já no seu início como artista. Vasari refere mesmo que (os desenhos de Da Vinci são tão perfeitos e relatam tão incansável procura por novos detalhes, com um esforço de imaginação soberbo, que dificilmente os conseguem igualar.) Nesta época Leonardo desenvolveu um vitium (na acepção portuguesa, uma obsessão) pela perfeição das obras e desenvolveu imensamente a sua técnica, que o levou a criar outras inéditas, como o sfumato, hoje conhecido através da Mona Lisa. Tal exigência para consigo próprio levaria à inconclusão de diversos trabalhos, pois assim que os iniciava punha-os de lado, tal era a rapidez e eficácia com que aprendia novas técnicas. Ao mesmo tempo em que realizava os seus famosos estudos de roupagens, Leonardo concretizou vários desenhos e estudos a partir da natureza. Estes são tipificados pelo trabalho que produziu ainda enquanto aprendiz, assim como uma das primeiras obras datadas constantes entre a coleção da Galeria dos Uffizi, atualmente. No canto superior de o Vale do Arno aponta, na sua acostumada escrita invertida, no dia de Santa Maria do Milagre da Neve, 5 de agosto de 1473. Estudo a pena e tinta sobre um suporte preparatório quase invisível, mostra a vista sobre um vale com montes e escarpas de ambos os lados, abrindo no fundo uma escassa visibilidade do mar. A vista poderá ser do caminho entre Vinci e Pistoia e, provavelmente, terá sido esboçado a lápis ao ar livre in loco, e depois completada a pena e tinta no ateliê. No início do século XX, Woldemar von Seidlitz compreendeu as fortificações de Papiano nas muralhas e torres numa colina à esquerda da composição. A importância deste desenho não se reflete só no fato de ter sido feito por Leonardo, mas sim, em figurar como um dos primeiros desenhos autónomos de paisagens de toda a História da Arte. Estes estudos da natureza e de modelos vivos eram postos em prática nas suas obras pintadas, como no Batismo de Cristo, onde, conclusivamente, pintou o anjo que segura às vestimentas de Cristo, que é de longe, muito melhor e elegante que as figuras pintadas por Verrocchio e Botticelli, e a paisagem de sutis transições de tons cromáticos, com incríveis efeitos da luz, desfocando contornos de montanhas e colinas distantes, fundindo-as a uma neblina luminosa -efeito obtido pelo emprego prematuro do óleo em sua obra artística-, uma evocação ao desenho do Vale do Arno e antecipação do fundo de Mona Lisa.<br />
Vida profissional, 1476–1513<br />
Dando início a carreira profissional de artista, o retrato de uma jovem foi encomendado diretamente a Leonardo, marcante, possui uma forte presença iconográfica e uma austera amargura.Prematuramente noiva de Luigi di Bernardo di Lapo Niccolini, a juventude de Ginevra, filha de Amerigo Benci, um banqueiro, e possívelmente desejada do embaixador de Veneza, Bernardo Bembo alcançou a eternidade com esta pintura, encomendada provavelmente pelo último, embora seja sugerido que a encomenda tenha sido feita pela família da jovem em comemoração de seu casamento. A pintura inicialmente maior, sofreu danos, e proprietários posteriores provavelmente a compactaram com um corte de cerca de nove centímetros em sua parte inferior. Tal suposição é sustentada pela pintura do reverso, e por um desenho preparatório de mãos, que seria da mesma jovem. O desenho encontra-se na Royal Library, Castelo de Windsor. Tem-se conta de que o nome da jovem e o da pintura formam um jogo iconográfico de palavras. Atrás da bela jovem, surge uma juniperus. A palavra italiana que define esta árvore é ginepro, significando genebra ou zimbro. Contudo, o significado renascentista da árvore era a pureza e a castidade. Esta ideia é reforçada pela frase inscrita no reverso da pintura, na qual está pintado um pergaminho com louros e uma palma, ambos em torno de um pequeno ramo de zimbro. No pergaminho há os seguintes dizeres: A beleza adorna a virtude (VIRTUTEM FORMA DECORAT). A expressão facial da jovem é o mais intrigante na pintura. Olhando o espectador sem encarar, a incerteza dos seus sentimentos intriga os especialistas; não se sabe se está cansada, triste, serena, zangada, ou seja, um rol de sentimentos inacabáveis que a expressão facial lhe atribui. Uma jovem que oculta o íntimo, modesta, ausente de jóias, tem como maior adorno a própria beleza natural como a paisagem que a cerca, o que poderia justificar a inscrição do reverso.<br />
Obras da década de 1480 - A Alta Renascença.<br />
Na década de 1480 recebeu três importantes encomendas e começou outro trabalho ainda, cujo tema abriu uma rotura em termos de composição. Infelizmente, dois desses três trabalhos nunca foram acabados (devido sua partida para Milão) e o terceiro levou tanto tempo, que tornou-se alvo de longas negociações ao longo da sua execução e pagamento. Uma destas pinturas é São Jerônimo no Deserto. Esta pintura é associada com um período difícil da vida de Leonardo, e coincide com sinais de melancolia encontrados em seu diário: "Achei que estava aprendendo a viver; estava apenas aprendendo a morrer." A composição da pintura foge às práticas costumeiras da época; São Jerônimo, como um penitente, ocupa o centro da figura, levemente inclinado diagonalmente, e visto quase que de cima. A sua forma, ao ajoelhar-se, adquire um contorno trapezoide, com um braço esticado à borda exterior da pintura, e seu olhar virado para a direção oposta; alguns estudiosos apontam na obra ligações com os estudos anatômicos de Leonardo. Da Vinci serviu-se de um modelo de madeira e pano para conceber a figura do santo, como se fazia na altura. Para o poder pintar nesta posição, a cabeça de Leonardo colocava-se à mesma altura que o meio da tíbia do modelo, pintando-o na diagonal. Por toda a extensão do quadro está o seu símbolo, um grande leão cujo corpo e cauda formam uma espiral dupla ao longo da base do espaço da pintura. Outra característica que se destaca é o cenário incompleto, de rochas escarpadas, contra o qual a figura está delineada. Outra composição um tanto quanto atrevida, os elementos paisagísticos e o drama pessoal ressoam na obra de arte inacabada: A Adoração dos Magos, encomenda dos monges de San Donato a Scopeto. É uma composição muito complexa sobre cerca de 250 cm de largura e comprimento de uma placa de madeira. Para este trabalho o artista esboçou vários desenhos e numerosos trabalhos e estudos preparatórios, incluindo um detalhe de uma perspectiva linear das ruínas de um edifício clássico. Mas em 1482 Leonardo saiu com destino a Milão por ordens de Lourenço de Médici, em tributo a Ludovico Sforza, o mouro, e a pintura e todo o trabalho que havia tido foi abandonada.<br />
Milão, 1482-1499<br />
Em Milão, o primeiro registro de Leonardo da Vinci é um contrato de uma Confraria religiosa intitulada Imaculada Conceição, datado de 25 de Abril de 1483, para a pintura de um retábulo para abrilhantar o altar da capela de São Francisco, o Grande. O resultado seria o terceiro mais importante trabalho pictórico do artista, A Virgem dos Rochedos.<br />
A Virgem dos Rochedos.<br />
A encomenda era a execução de pinturas com a ajuda dos imãos Ambrogio e Evangelista de Predis, para um grande e complexo altar, já construído anteriormente por Giacomo da Maiano. Leonardo, encarregado do painel central, escolheu pintar um enfático momento da infância de Cristo, quando o pequeno João Baptista, com a proteção do anjo Uriel, conheceu a Sagrada Família numa gruta do Egito, cena da tradição cristã dos livros apócrifos e de uma Florença deixada para trás, de inúmeras lendas sobre São João Batista. Neste cenário rochoso que evoca a um passeio de infância do artista ao Monte Ceceri (próximo do território florentino), João reconhece e adora Jesus como o Cristo. A pintura mostra uma misteriosa beleza como as graciosas figuras ajoelhadas em adoração em torno do Menino Jesus, em uma paisagem selvagem de queda de rochas e um vale de águas azuis, e coincide com a abandonada Adoração dos Magos devido ao seu naturalismo e contraste de luz e sombra (chiaroscuro), aqui distintamente visível. A pintura solenemente declara a riqueza do conhecimento estilístico do traje e da sua representação, a julgar pela concepção notável do vestuário de Uriel (que compete com a simples túnica enegrecida azul da Virgem), impressa numa figura sóbria e imponente, que perde lugar na segunda versão onde assume outra pose, desta feita mais singela, cedente a uma nova Virgem vestida de um manto de azul brilhante, suavizando o cenário áspero e contrastando com a representação da primeira versão. Apesar das avantajadas medidas, cerca de 200 por 120 cm (a segunda versão existente cerca de 190 por 120 cm), a pintura da Virgem nas Pedras não é tão complexa quanto a encomenda dos monges de São Donato, constando em cena somente quatro figuras em vez de cerca de cinquenta - cuja forma conjunta completa uma pirâmide triangular - numa paisagem rochosa, em vez de detalhes arquitetônicos. Eventualmente, a pintura foi acabada. De fato, duas versões desta pintura foram feitas, uma entregue a Confraria religiosa e a outra levada para a França pelo próprio Leonardo. Acredita-se que a versão do Louvre seja a primeira das versões, pintada entre 1483-1486, ou mais cedo. A segunda versão, pertecente a National Gallery desde 1880, foi vendida pela igreja em 1781, e,certamente, em 1785 tornou-se posse de Gavin Hamilton, que a levou para a Inglaterra, onde passou por várias coleções. Nesta versão é provável a participação de outros artistas como Ambrogio de Pedris, e, de certo modo, mesmo tratando-se de uma pintura mais madura, seu naturalismo perde lugar para um idealismo muito maior do que o da versão anterior. Atualmente, existe a especulação de uma outra versão (Versão Cheramy), em que Leonardo tenha participado, cronologicamente anterior a versão de Londres.<br />
Encargos na Corte.<br />
Entre 1487 e 1490 Leonardo assume uma posição de destaque na corte milanesa. O seu trabalho não se resumia a pintar, e entre outras coisas, também era responsável pela organização de festividades, trabalho que intimamente não o contentava; trabalhou vários anos na realização de uma estátua equestre para o antecessor de Ludovico, Francesco Sforza, que nunca concluiu e na edificação de estruturas defensivas, como arquiteto militar do duque. Leonardo também participou da decoração de quartos e apartamentos da corte (sendo somente parte da Salla delle Asse trabalhada por volta de 1498, o que restou deste encargo), e na decoração do refeitório dos padres dominicanos de Santa Maria delle Grazie(1495-1498). É nesta época de grandes feitos que inúmeros retratos de mulheres intimamente ligadas ao seu patrono são realizados, entre eles o retrato de uma jovem muito admirada na corte, cujo resultado seria uma mistura da linguagem iconográfica de Ginevra de' Benci e o naturalismo da Virgem dos Rochedos.<br />
Dama com Arminho.<br />
Entre as suas obras acabadas ocupa uma posição de destaque um retrato de uma senhora da aristocracia, que segura nas mãos um arminho: o retrato de Cecília Gallerani, mundialmente conhecido como Dama com Arminho. Pintado por volta de 1488, o quadro concentra todas as inovações de Leonardo na época: a representação do rosto virado em uma posição de três-quartos, o gesto da mão, a definição da forma pela luz e a representação do movimento interrompido visando uma estrutura helicoidal. Cecília parece reagir à presença de alguém fora da pintura, em um movimento de giros de cabeça e tronco, o arminho de tamanho um tanto exagerado, repete-lhe o gesto, a mão curvada elegantemente corresponde, por sua vez, ao movimento do animal, criando um sintonia entre modelo e o arminho. De fato, a linguagem iconográfica utilizada por Leonardo nesta obra -que nos remete a uma pintura de sua fase inicial, a Ginevra de' Benci-, fez com que permanecessem vários mistérios em relação ao simbolismo do arminho. Acredita-se que o arminho é uma alusão ao apelido da jovem aristocrata, visto que o som de Gallerani é remanescente da acepção grega para arminho, galée. Noutra vertente, o animal é considerado um sinal de pureza, pois, acreditava-se, o arminho preferia morrer em uma caçada, do que se refugiar em alguma toca, para não sujar seu manto branco. Porém, a razão mais provável é a terceira, ou seja, a alusão a Ludovico Sforza. A jovem era a amante de eleição de Ludovico e, a partir de meados de 1488, este começou a usar o arminho como um dos seus emblemas. Assim Ludovico, sob a simbólica forma de animal, surge no regaço da jovem, bem penteado e acariciado pelas mãos da sua amante. Existem provas documentais de que o quadro pertenceu a retratada.<br />
Obras da década de 1490 -Retratos de Perfil.<br />
O Retrato de Mulher de Perfil (c. 1493-1495), trata do retrato da esposa de Ludovico Sforza, Beatriz d'Este. Pintado, provavelmente, por Ambrogio de Pedris, com a qualidade do traço da cabeça da retratada sugerindo, segundo Martin Kemp, professor emérito de pesquisa em história da arte na Universidade de Oxford, que Leonardo tenha participado da pintura, se responsabilizando pelas bases do desenho. A atribuição é reforçada de forma recíproca com a atribuição de um quadro a que, inicialmente, foi dada origem alemã, do século XIX, mas que foi, em 2009, atribuído a Leonardo. Trata-se de um retrato de mulher igualmente de perfil e com características semelhantes ao retrato de Cecília Gallerani, que foi identificado graças a uma impressão digital e análises científicas. Inicialmente denominado Mulher de Perfil com Vestido da Renascença, foi renomeado de La Bella Principessa por Kemp, que identificou a retratada como Bianca Sforza, filha de Ludovico Sforza e sua amante Bernardina de Corradis. Os membros da família Sforza sempre foram retratados em perfil, em contraste com as amantes de Ludovico que não eram. Por volta deste período datam-se mais dois retratos atribuídos ao artista, o inacabado Retrato de um Músico, seu único retrato pictórico masculino e La Belle Ferronière, retrato de Lucrezia Crivelli, amante de Ludovico, encerrando um ciclo de retratos femininos na corte milanesa. Há uma referência documentada de uma encomenda, possivelmente do duque Ludovico Sforza, presente em uma lista que instruía um de seus funcionários, Marchesino Stanga, com tarefas que lhe exigiam atenção. Uma das tarefas era que apresse Leonardo, o florentino, a terminar o trabalho no refeitório delle Grazie, que ele começou, para que se ocupe em seguida do outro salão do refeitório delle Grazie; e que os contratos que ele assinou com sua mão sejam cumpridos, pois o obrigam a terminar o trabalho dentro do tempo que será combinado com ele - Ludovico Sforza.<br />
A Última Ceia, a pintura mais famosa de Leonardo, da década de 1490, é A Última Ceia (1495-1498), pintada no refeitório dos padres dominicanos de Santa Maria delle Grazie em Milão. É uma obra fundamental da história da Arte. A pintura apresenta a última ceia, partilhada por Jesus com seus discípulos, antes de sua captura e execução. Mostra o momento específico em que Jesus, de acordo com o relato bíblico, teria dito aos apóstolos que um deles o trairia. Leonardo mostra a consternação que esta afirmação provocou entre os doze seguidores de Jesus. O romancista Matteo Bandello observou Leonardo trabalhando na obra, e escreveu: "Por diversas ocasiões, presenciei Leonardo dirigir-se logo pela manhã para se dedicar à pintura de A Última Ceia. Costumava permanecer ali, desde o nascer do sol até o entardecer, sem deixar os pincéis descansarem de suas mãos, pintando sempre, sem comer nem beber. Depois, por três ou quatro dias, não voltava a tocar no trabalho" - Matteo Bandello. Isto, de acordo com Vasari, estava além da compreensão do prior, que o atormentou até que Leonardo pedisse a intervenção de Ludovico. Vasari descreve como Leonardo, atormentado com a dúvida de sua capacidade de retratar os rostos de Cristo e do traidor Judas, disse ao duque que seria obrigado a usar o próprio prior como seu modelo. Quando terminada, a pintura foi aclamada como uma obra-prima do desenho e da caracterização, porém rapidamente deteriorou-se, a tal ponto que, cem anos depois de seu término, a obra foi descrita por um observador seu como "completamente arruinada". Leonardo, em vez de usar a técnica mais confiável do afresco, utilizou-se da têmpera sobre uma superfície feita basicamente de gesso - o que resultou num material sujeito ao mofo e a esfarelar-se. Apesar disso, a pintura continua a ser uma das obras de arte mais reproduzidas de todos os tempos, e incontáveis cópias suas são feitas corriqueiramente, das maneiras mais variadas - de tapetes a camafeus. Leonardo pintou A Última Ceia, um incrível trabalho, o mais sereno e distante do mundo temporal, durante anos caracterizado por conflitos armados, intrigas, preocupações e emergências. Ele a declarou como concluída, embora eternamente insatisfeito, e continuou trabalhando nela. Foi exposta a vista de todos e contemplada por muitos. Desde então ele foi considerado sem discussão como um dos primeiros mestres da Itália, senão o primeiro. Os artistas vinham de muito longe, para, no refeitório do convento de Santa Maria delle Grazie, analisar cuidadosamente a pintura, copiando-a e discutindo-a. O rei da França, ao chegar em Milão, acariciou a ideia impossível de remover o afresco da parede para levar para o seu país. Durante a sua realização inúmeras lendas foram tecidas em torno do mestre e seu trabalho. Os relatos de Bandello e Giraldi, dedicados a temas radicalmente diferentes, incluiem também a gênese de A Última Ceia.Explode em Milão a Segunda Guerra Italiana (1499–1504), e Ludovico Sforza é deposto. Após a destruição de seu modelo em argila para o Gran Cavallo pelas tropas francesas, Leonardo sente-se fortemente motivado a abandonar a cidade. Acompanhado de Salai e seu amigo Luca Pacioli parte, passando por Mântua e depois Veneza, sendo aí empregado como engenheiro e arquiteto militar, e, no ano seguinte, vai para Florença.<br />
Obras da década de 1500 - Retorno a Florença, 1500-1506.<br />
Em Florença estão documentadas uma ou duas pequenas pinturas da Virgem com o Menino, trabalhadas por Leonardo e seu ateliê, por volta de 1501 em uma carta de Pietro da Novellara para Isabella d'Este, a grande dama do Renascimento protetora das artes em Mântua. A pintura da Virgem do Fuso -como no caso da Virgem dos Rochedos com mais de uma versão-, destinava-se ao secretário de Estado francês Florimond Robertet, sendo-lhe entregue, provavelmente, uma de suas versões em 1507, em Blois.<br />
Virgem do Fuso.<br />
A Virgem do Fuso retrata uma cena de um forte vínculo entre mãe e filho -um amor maternal que se repetiria em pinturas como A virgem e o menino com Santa Ana-, o que leva a crer que a pintura fosse destinada a devoção privada. O nome da obra baseia-se no fuso de significado ambíguo presente na pintura. Ao longo dos tempos, vários críticos têm atribuído diversas interpretações ao fuso, mas o mais certo é mesmo que represente uma cruz, mas simplesmente, de forma simbólica. De fato, as enormes inteligência e criatividade de Leonardo permitiam-lhe tratar todos os assuntos que lhe provocavam algum interesse recorrendo a símbolos. Caso queira representar uma cruz, especialistas apontam duas hipóteses, sendo a mais provável a segunda. Muitos creem, baseando-se nas cópias existentes, que o Menino mira o fuso (simbolicamente, a cruz) com uma devoção perplexa, reforçada pela expressão do seu olhar, que parece agradado com o objeto que tem em mãos. No entanto, em segunda hipótese está a ideia de que o Menino brinca com o fuso com alegria, o que seria considerado uma heresia na altura em que foi pintada, caso este represente uma cruz. A imagem de Jesus brincando com a cruz não seria aceita pela conservadora sociedade, e menos ainda pela Igreja e pelo Tribunal Inquisidor, o que reforçaria os fins de devoção privada. Atualmente, existem duas versões associadas a Leonardo, mas as atribuições não são unânimes. É provável que as pinturas sejam cópias do original de Leonardo, de autoria dos pupilos do artista, com ou sem o auxílio do mestre.<br />
Entre as obras realizadas por Leonardo na década de 1500 está um pequeno retrato, conhecido como Mona Lisa ou La Gioconda, "a risonha". A pintura é famosa principalmente pelo sorriso elusivo no rosto da retratada, e pela qualidade misteriosa, possivelmente provocada pelo fato de que o artista sombreou sutilmente os cantos de sua boca e olhos, para que a natureza exata do sorriso não pudesse ser determinada. Este sombreado peculiar, pelo qual a obra é conhecida, veio a ser chamado de sfumato ("esfumaçado"). Vasari, que se acredita ter conhecido a pintura apenas pela sua reputação, disse que o seu "sorriso era tão agradável que parecia ser divino, em vez de humano; e aqueles que o viram ficaram espantados ao descobrir que ele parecia tão vivo quanto o original". Outra característica observada nesta obra é o vestido sem adornos (uma maneira de evitar que o espectador não tenha a sua atenção desviada dos olhos e das mãos da retratada), o cenário de fundo, dramático, no qual o mundo parece estar no estado de fluxo contínuo, com uma coloração controlada, e a natureza extremamente suave da técnica de pintura, que emprega tintas a óleo aplicadas como se fossem têmpera, e misturadas de tal maneira na superfície que as pinceladas não podem ser percebidas. Vasari expressou a opinião de que a maneira com que Leonardo fez a pintura faria mesmo "o mais confiante dos mestres (…) desesperar-se e desanimar." O estado perfeito de conservação em que a pintura se encontra, e o fato de que não existem outros sinais de reparos relevantes ou pinturas sobrepostas é extremamente raro numa pintura desta idade. A identidade do modelo é motivo de controvérsias, acredita-se que seja Lisa del Giocondo (Lisa Gherardini), mulher de um comerciante florentino, Francesco del Giocondo, com base em notas escritas de Agostino Vespucci de 1503 em um livro impresso de Cícero, de 1477 (parte do acervo de livros datados da primeira fase da imprensa), encontradas na Biblioteca da Universidade de Heidelberg, confirmando a afirmação de Vasari, que identificou a pintura como "Monalisa" em sua publicação em 1550, em referência à Lisa del Giocondo. Descobriu-se também que Lisa tinha sido mãe recentemente, e o retrato foi realizado possivelmente em comemoração da recente maternidade. Esta teoria é reforçada pela descoberta de um fino véu negro -utilizado pelas aristocratas toscanas durante, e alguns meses após a gestação-, durante pesquisas do Centro de Pesquisa e Restauração dos Museus da França (C2RMF) e o Conselho Nacional de Pesquisas do Canadá (NRC), quando a pintura foi submetida ao exame em infravermelho. Lillian Schwartz, cientista dos Laboratórios Bell, sugere que a Mona Lisa é, na verdade, um autorretrato de Leonardo, porém, vestido de mulher. Esta teoria baseia-se no estudo da análise digital das características faciais do rosto de Leonardo e os traços do modelo. Comparando um auto retrato de Leonardo com a mulher do quadro, verifica-se que as características dos rostos alinham-se perfeitamente. Essa hipótese ganha ênfase em O Código da Vinci, best-seller de Dan Brown. Em 1506, o então governador francês do ducado de Milão, Charles d'Amboise, solicitou ao governo de Florença a permissão para a viagem de Leonardo a Milão, para resolver o problema de trabalhos pendentes. A permissão concedida era de três meses, entretanto, o artista acabou permanecendo na cidade mais tempo do que o previsto. Mona Lisa (1503-1507—Louvre) é o retrato que mais tem rendido, em termos de literatura -tem dado origem a contos, romances, poemas e até mesmo óperas- e paródia -desde seu tempo, como a Monna Vanna de Salai- em toda a história da arte. Foi uma obra famosa desde o momento da sua criação; e inspirou muitos, como o jovem Rafael, que se embebedou nela. Seu sorriso sutil é visto em sua crueldade e tem sido considerado o implacável sorriso de mulher que escraviza os homens. Outros foram deslumbrados pelo seu encanto, pela sua doçura. Para o crítico Walter Pater, simboliza o "espírito moderno com todos os seus traços patogênicos", considerando como a "beleza extraída desde o interior, trabalhando a carne, célula por célula". Provocado pelo mestre no modelo com o toque do alaúde, como citado por Vasari: "Mona Lisa era muito bela e Leonardo, ao mesmo tempo que a pintava, procurava que tivesse alguém cantando, tocando algum instrumento ou brincando. Desta forma, o modelo foi mantido em um bom humor e não adotava um aspecto triste, cansado [...]".<br />
Retorno a Milão, 1506-1513.<br />
Não se sabe ao certo a natureza da origem do trabalho inacabado, é sugerido tratar-se da Virgem dos Rochedos versão de Londres, em que, em uma sentença judicial datada de 27 de abril, era cobrada a finalização da pintura à Leonardo e Ambrogio de Pedris. Possivelmente, a pintura inicial tratava de uma cena de adoração ao Menino Jesus, já que exames em infravermelho realizados em 2005 revelaram uma pintura diferente oculta, por baixo da versão visível, entretanto, Leonardo retomou a composição da anterior Virgem dos Rochedos de 1483, com leves alterações, e figuras maiores e mais monumentais do que a versão anterior. O fator da execução da mesma pintura é alvo de controvérsias, mas sabe-se que a versão de Londres foi a entregue, de fato, a confraria, mesmo provavelmente, ainda inacabada, e a anterior ficou em mãos de Leonardo. Leonardo teve uma estranha carreira, de não cumprimento de prazos, de encomendas inconcluídas ou mesmo jamais entregues, o que resultava em clientes insatisfeitos e frequentes cobranças. Destes trabalhos inacabados, parece existir um importante que retoma as posições oblíquas de pinturas anteriores como São Jerônimo no Deserto, e cuja origem não é necessariamente de uma encomenda. A Virgem e o Menino com Santa AnaNessa nova pintura, a coroação dos muitos desenhos e esboços do tema, abordado pelo artista em diversas ocasiões como em A Virgem, o Menino, Sant'Ana e São João Batista, Leonardo emprega novamente o sutil efeito do sfumato. A pintura retrata a Virgem Maria (cujo manto parece evocar a igualmente oblíqua Virgem Benois, uma de suas primeiras Madonas), seu filho Jesus e sua mãe Santa Ana, avó de Jesus, em uma cena privada e intimista. O que faz esta pintura incomum é que há duas figuras posicionadas obliquamente, sobrepostas. Maria está sentada no joelho de sua mãe, Santa Ana. Ela se inclina para frente para segurar o menino Jesus que brinca (um tanto grosseiramente) com um cordeiro, sinal de seu próprio e vindouro sacrifício. Essa pintura copiada muitas vezes, foi influência para Michelangelo, Rafael e Andrea del Sarto, e através deles Pontormo e Correggio. Na composição, Leonardo mostra novidades que serão adotadas principalmente pelos pintores venezianos Tintoretto e Veronese. Essa pintura assim como Mona Lisa acompanharia Leonardo desde então, entretanto devido a problemas, ficou por concluir.<br />
Últimas Obras.<br />
Em 1512, Massimiliano Sforza, filho de Ludovico toma posse do ducado de Milão, após a expulsão das tropas francesas de Luís XII, e Leonardo viu-se sem patrono. Em 1513, o filho de Lourenço il Magnifico, Giuliano de' Médici, o então chefe do estado de Florença, fez um convite para Leonardo viajar à Roma, que estava sobre o controle do seu irmão mais velho, Giovanni (João), agora Papa Leão X.<br />
Roma, 1513-1516.<br />
Em 1513, Leonardo se hospedou no Palácio do Belvedere, no Vaticano, onde residiria até 1516, época em que seus rivais Michelangelo e Rafael eram ativos em Roma. Leonardo então sente-se envolvido em crescentes problemas resultantes de seu afastamento da corte -incluindo intrigas com Michelângelo-, e depois é acusado e punido pelo papado devido aos seus estudos anatômicos, sendo proíbido de continuar seus estudos por possíveis irregularidades sacrílegas, sendo que de seu patrono, Giuliano não houve nenhuma intervenção. Suas últimas pinturas datam deste período em que o avanço de um problema de articulação em uma das mãos o faz aos poucos perder as forças, sendo que após esse período não pinta mais. Suas últimas pinturas são São João Batista em que novamente emprega o sutil efeito do Sfumato, Leda e o Cisne seu único nú, hoje perdido, e devido a fraqueza de sua mão, estava incapaz de dar continuidade a Virgem e o Menino com Santa Ana, que leva consigo, juntamente de outras pinturas como Mona Lisa para a França em 1516, onde viveria seus últimos anos acompanhado de Salai e Francesco Melzi, seu pupilo preferido.<br />
Leonardo o observador, cientista e inventor.<br />
O Humanismo Renascentista não via polaridades mutuamente exclusivas entre as ciências e as artes, sendo os estudo de Leonardo, em ciências e engenharia, tão impressionantes e inovadores como o seu trabalho artístico, gravados em cadernos compostos por cerca de 13.000 páginas de notas e desenhos que fundem arte e filosofia natural (precursora da ciência moderna). Estas notas foram feitas e mantidas cotidianamente durante toda a vida de Leonardo e suas viagens, como ele fez em suas observações contínuas do mundo ao seu redor. Os cadernos são, em sua maioria, escritos de forma invertida. A razão pode ter sido mais uma oportunidade prática, do que por razões de sigilo como muitas vezes é sugerido. Sendo Leonardo provavelmente canhoto, é possível que lhe era mais fácil escrever da direita para a esquerda. Suas anotações e desenhos mostram uma enorme gama de interesses e preocupações, algumas tão banais como as listas de compras e as pessoas que lhe deviam dinheiro, e outras tão intrigantes como desenhos de asas e sapatos para caminhar sobre a água. Há composições de pinturas, estudos de detalhes e panejamentos, estudos de rostos e gestos, de animais, bebês, dissecações, estudo de plantas, formações rochosas, piscinas de hidromassagem, máquinas de guerra, helicópteros e arquitetura. Essas páginas de cadernos originalmente soltas, de diferentes tamanhos, distribuídas após sua morte, encontraram caminho em coleções importantes, como a Royal Library do Castelo de Windsor, o Museu do Louvre, a Biblioteca Nacional da Espanha, o Museu Vitória e Alberto, a Biblioteca Ambrosiana de Milão, que detém os dozes volumes Codex Atlanticus, e a Biblioteca Britânica em Londres, que disponibilizou de forma on-line uma seleção a partir do seu caderno BL Arundel MS 263. O Codex Leicester é a única grande obra científica de Leonardo em mãos privadas, é propriedade de Bill Gates e é exibido uma vez por ano em diferentes cidades pelo mundo. Os estudos de Leonardo Parecem ter sido destinados a publicação, porque muitas das folhas têm uma forma e ordem que facilitam à mesma. Em muitos casos, um único tópico, por exemplo, o coração ou o feto humano, é abordado em detalhes em palavras e imagens, em uma única folha. O porquê eles não foram publicados durante a vida de Leonardo é desconhecido.<br />
Estudos científicos.<br />
Leonardo tentou entender os fenômenos e descrevendo em detalhe extremo, e não enfatizou experiências ou explicações teóricas. Ao longo de sua vida, planejou uma enciclopédia baseado em desenhos detalhados de tudo. Como não dominava o latim e a matemática, o Leonardo da Vinci cientista era ignorado pelos estudiosos contemporâneos, como evoca sua famosa frase uomo senza lettere, em que claramente se refere a tais limitações. Na década de 1490, estudou matemática com seu amigo, o matemático Luca Pacioli e preparou uma série de gravuras -incluindo o Homem Vitruviano- para ilustrar o livro de Pacioli, De Divina Proportioni, publicado em 1509. Parece que a partir do conteúdo de seus diários estava planejando uma série de tratados que seriam publicados em uma variedade de assuntos. Um tratado coerente sobre a anatomia foi dito ter sido observado durante a visita do cardeal secretário Louis D'Aragon, em 1517. Aspectos do seu trabalho sobre os estudos de anatomia, luz e de paisagem foram montados para a publicação por seu pupilo Francesco Melzi e, finalmente publicado como Trattato della Pittura de Leonardo da Vinci, póstumamente na França e na Itália em 1651, e na Alemanha em 1724, com gravuras baseadas em desenhos do pintor clássico Nicolas Poussin. Segundo Arasse, o tratado, que na França foi publicado em sessenta e duas edições em cinquenta anos, ocasionou que Leonardo fosse visto como o precursor do pensamento acadêmico francês sobre a arte. Uma análise recente e exaustiva de Leonardo como cientista por Frtijof Capra defende que Leonardo era um tipo fundamentalmente diferente de cientistas como Galileu, Newton e outros cientistas que o seguiram. Sua experimentação seguiu claro, abordagens com métodos científicos, e juntamente a sua teorização e hipotética voltada as artes, particularmente na pintura, o fizeram um Leonardo único e integrado, em que pontos de vista holísticos da ciência, fazem dele um precursor dos modernos sistemas teóricos e complexas escolas de pensamento.<br />
Homem Vitruviano.<br />
Datado do ano 1490, um estudo das proporções humanas baseado no tratado recém-redescoberto do arquiteto romano Vitruvius. Leonardo debruçou-se sobre o que foi chamado o Homem Vitruviano, o que acabou se tornando um dos seus trabalhos mais famosos e um símbolo do espírito renascentista. O desenho reproduz a anatomia humana conduzindo eventualmente ao desígnio do primeiro robô conhecido na história que veio a ser chamado de O Robô de Leonardo.<br />
Anatomia.<br />
A formação de Leonardo da anatomia do corpo humano iniciou-se com o seu aprendizado no ateliê de Andrea del Verrocchio, seu mestre insistia que todos os alunos deviam aprender anatomia. Como artista, ele rapidamente se tornou mestre da anatomia topográfica, realizando muitos estudos de músculos, tendões e outras características anatômicas visíveis. Como um artista de sucesso, ele recebeu a permissão para dissecar cadáveres humanos no Hospital de Santa Maria Nuova, em Florença e mais tarde no hospital de Milão e Roma. Entre 1510 e 1511, colaborou em seus estudos o médico Marcantonio della Torre, e juntos elaboraram um trabalho teórico sobre a anatomia, em que Leonardo fez mais de 200 desenhos. Foi publicado apenas em 1680 (161 anos após sua morte), integrando o Trattato della Pittura. Leonardo desenhou muitos estudos sobre o esqueleto humano e suas partes, bem como os músculos e nervos, o coração e o sistema vascular, os órgãos sexuais, e outros órgãos internos. Ele fez um dos primeiros desenhos científicos de um feto no útero. Como artista, Leonardo observou e registrou cuidadosamente os efeitos da idade e da emoção humana sobre a fisiologia, estudando em particular os efeitos da raiva. Ele também desenhou muitas figuras importantes que tinham deformidades faciais ou sinais de doença. Ele também estudou e desenhou a anatomia de animais diversos, bem como, dissecando vacas, aves, macacos, ursos e rãs, e comparava seus desenhos em sua estrutura anatômica com o dos seres humanos. Ele também fez uma série de estudos de cavalos.<br />
Engenharia e invenções.<br />
Durante sua vida, Leonardo era valorizado como um engenheiro. Em uma carta a Ludovico, il Moro, afirmou ser capaz de criar todos os tipos de máquinas, tanto para a proteção de uma cidade, quanto para o cerco. Quando ele fugiu para Veneza em 1499, encontrou emprego como engenheiro e arquiteto militar e concebeu um sistema de barricadas móveis para proteger a cidade de um ataque naval. Ele também tinha um esquema para desviar o fluxo do rio Arno, um projeto no qual também trabalhou Nicolau Maquiavel. Os cadernos de Leonardo incluem um vasto número de invenções, alguns de possível construção, outros impossíveis. Eles incluem instrumentos musicais, bombas hidráulicas, canhões, entre outros. Em 1502 Leonardo da Vinci produziu um desenho de uma ponte como parte de um projeto de engenharia civil para Sultão Bayezid II de Istambul. Nunca foi construída, mas a visão de Leonardo foi ressuscitada em 2001 quando uma ponte menor, baseada no projeto dele, foi construída na Noruega. Em 17 de maio de 2006, o governo turco decidiu construir a ponte de Leonardo para medir o Corno de Ouro. Por maior parte de sua vida, Leonardo foi fascinado pelo fenômeno de voo, produzindo muitos estudos detalhados do voo dos pássaros, incluindo o seu Codex sobre o Voo dos Pássaros de 1505, bem como planos para várias máquinas voadoras, tentou aplicar seus estudos para os protótipos que desenhou, o primeiro batizado de SWAN DI VOLO (Cisne voador), segundo especialistas é de 1510, inclusive um helicóptero movimentado por quatro homens, e um planador cuja viabilidade já foi provada.<br />
Leonardo, O Mito.<br />
Em vida, a fama de Leonardo foi tamanha que o rei da França levou-o como um troféu, o mantendo na velhice, e o tinha preso nos braços quando morreu. O interesse por Leonardo nunca afrouxou. As multidões ainda fazem filas para ver suas obras mais famosas, seu desenho mais famoso, hoje é estampa de camisetas e escritores, como Vasari, continuam a maravilhar-se com seu gênio e especular sobre sua vida privada e, particularmente, sobre o que uma pessoa tão inteligente realmente acreditava intimamente. Giorgio Vasari, na edição ampliada de Le vite de' più eccellenti pittori, scultori e architettori, 1568, apresenta o seu capítulo sobre Leonardo da Vinci com as seguintes palavras: No curso natural dos acontecimentos, muitos homens e mulheres nascem com talentos notáveis, mas, ocasionalmente, de uma maneira que transcende a natureza, uma única pessoa é maravilhosamente dotada pelo céu com a beleza, graça e talento em abundância tal que ele deixa os outros homens para trás, todas as suas ações parecem inspiradas e, na verdade tudo o que faz claramente vem de Deus e não da habilidade humana. Todos reconhecem que isso era verdade em Leonardo da Vinci, um artista de beleza física excepcional, que mostrou infinita graça em tudo que ele fez e que cultivou seu gênio tão brilhante que todos os problemas que estudou, ele resolveu facilmente. A admiração por Leonardo continuou comandada a partir de pintores, críticos e historiadores, refletida em muitas outras homenagens escritas. Baldassare Castiglione, autor de Il Cortegiano ("O Cortesão"), escreveu em 1528: (...). Outro dos maiores pintores nesse mundo olha para baixo sobre esta arte em que ele é inigualável(...), enquanto o biógrafo conhecido como "Anônimo Gaddiano", escreve em 1540: Seu gênio era tão raro e universal, que pode-se dizer que a natureza fez um milagre em seu nome(...). O século XIX trouxe uma admiração especial pelo gênio de Leonardo, fazendo com que Henry Fuseli escrever-se em 1801: Tal foi o alvorecer da arte moderna, quando Leonardo da Vinci quebrou adiante com um esplendor que afastasse a excelência anterior: formada por todos os elementos que constituem a essência do gênio(...). Isto é ecoado por A. E. Rio, que escreveu em 1861: Ele elevou-se acima de todos os outros artistas com a força e a nobreza de seus talentos.<br />
Por volta do século XIX, os cadernos de Leonardo já eram conhecidos, bem como suas pinturas. Hippolyte Taine escreveu em 1866: Não pode haver no mundo um exemplo de outro gênio tão universal, tão incapaz de cumprimento, tão cheio de desejo para o infinito, tão naturalmente refinado, tanto à frente do seu século, e os séculos seguintes. O famoso historiador de arte Bernard Berenson escreveu em 1896: Leonardo é o artista, um dos quais pode-se dizer perfeito literalmente: nada do que tocou se transformou, se não em uma coisa de beleza eterna. Quer seja a seção transversal de um crânio, a estrutura de uma erva daninha, ou um estudo de músculos, ele, com seu sentimento de linha e de luz e sombra, sempre transformou isso em vida, comunicando valores. O interesse pelo gênio de Leonardo continuou inabalável; especialistas estudam e traduzem seus escritos, analisam suas pinturas com técnicas científicas, discutem sobre atribuições e buscam por trabalhos que nunca foram encontrados. Liana Bortolon, escrevendo em 1967, disse: Por causa da multiplicidade de interesses que lhe incentivou a buscar cada campo do conhecimento(...), Leonardo pode ser considerado, muito justamente, ter sido um gênio universal por excelência, e com todas as implicações inerentes a esse inquietante termo. O homem é como um incômodo hoje, enfrentado como o gênio, como era no século XVI, cinco séculos se passaram, mas continuamos a ver Leonardo com temor.<br />
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<em>"Quando ouvimos os sinos, ouvimos aquilo que já trazemos em nós mesmos como modelo. Sou da opinião que não se deverá desprezar aquele que olhar atentamente para as manchas da parede, para os carvões sobre a grelha, para as nuvens, ou para a correnteza da água, descobrindo, assim, coisas maravilhosas. O gênio do pintor há-de se apossar de todas essas coisas para criar composições diversas: luta de homens e de animais, paisagens, monstros, demônios e outras coisas fantásticas. Tudo, enfim, servirá para engrandecer o artista."</em><br />
"A natureza benigna providenciou de modo que em qualquer parte você encontra algo para aprender."<br />
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"Que o teu orgulho e objetivo consistam em pôr no teu trabalho algo que se assemelhe a um milagre."<br />
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"As mãos e os braços, em todas as suas ações, devem exibir a intenção da mente que os move, até quando for possível, porque, por meio deles, quem tiver um bom julgamento mostrará intenções mentais em todos os seus movimentos."<br />
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"Que o teu trabalho seja perfeito para que, mesmo depois da tua morte, ele permaneça."<br />
<br />
"Faça sempre suas figuras de tal modo que o tronco não esteja orientado na mesma direção da cabeça. Deixe o movimento da cabeça e dos braços ser suave e agradável, valendo-se de diferentes giros e torções."<br />
<br />
"Os Médici me fizeram, e os Médici me destruíram."<br />
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Leonardo Da Vinci</div>
O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-15744837310726123742010-12-25T17:37:00.004-02:002010-12-25T18:25:58.423-02:00Paul Gauguin<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdgEP9ueVnEceguxSiVEEwOsr36eZouRZcBZWYd02KUt53FaU72zThJ9bHdXyTXxGaGdSVo030Ve9ZzDP6TteCm2Vlxc1ER-9B7yyiQa4APkqfH72GkhoQ6U9TcK411WiYytiw6le5GlJI/s1600/Paul+Gauguin.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5554707494760328098" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdgEP9ueVnEceguxSiVEEwOsr36eZouRZcBZWYd02KUt53FaU72zThJ9bHdXyTXxGaGdSVo030Ve9ZzDP6TteCm2Vlxc1ER-9B7yyiQa4APkqfH72GkhoQ6U9TcK411WiYytiw6le5GlJI/s400/Paul+Gauguin.jpg" /></a>Eugène-Henri-Paul Gauguin (Paris, 7 de Junho de 1848 - Ilhas Marquesas, 8 de Maio de 1903) foi um pintor francês do pós-impressionismo. Apesar de nascido em Paris, Gauguin viveu os primeiros sete anos de sua vida em Lima, no Peru, para onde seus pais se mudaram após a chegada de Napoleão III ao poder. Seu pai pretendia trabalhar em um jornal da capital peruana e foi o idealizador da viagem. Porém, durante a longa e terrível viagem de navio acabou por ter complicações de saúde e faleceu. Assim, o futuro pintor desembarcou em Lima apenas com sua mãe e irmã. Quando voltou para sua cidade natal,em 1855, Gauguin estudou em Orléans e, aos 17 anos, ingressou na marinha mercante e correu o mundo. Trabalhou em seguida numa corretora de valores parisiense e, em 1873, casou-se com a dinamarquesa Mette Sophie Gad, com quem teve cinco filhos. Aos 35 anos, após a quebra da Bolsa de Paris, tomou a decisão mais importante de sua vida: dedicar-se totalmente à pintura. Começou assim uma vida de viagens e boémia, que resultou numa produção artística singular e determinante das vanguardas do século XX. Ao contrário de muitos pintores, não se incorporou ao movimento impressionista da época. Expôs pela primeira vez em 1876. Mas não seria uma vida fácil, tendo atravessado dificuldades econômicas, problemas conjugais, privações e doenças. Foi então para Copenhagen, onde acabou ocorrendo o rompimento de seu casamento. Sua obra, longe de poder ser enquadrada em algum movimento, foi tão singular como as de Van Gogh ou Paul Cézanne. Apesar disso, é verdade que teve seguidores e que pode ser considerado o fundador do grupo Les Nabis, que, mais do que um conceito artístico, representava uma forma de pensar a pintura como filosofia de vida. Suas primeiras obras tentavam captar a simplicidade da vida no campo, algo que ele consegue com a aplicação arbitrária das cores, em oposição a qualquer naturalismo, como demonstra o seu famoso Cristo Amarelo. As cores se estendem planas e puras sobre a superfície, quase decorativamente. O pintor parte para o Taiti, em busca de novos temas, para se libertar dos condicionamentos da Europa. Suas telas surgem carregadas da iconografia exótica do lugar, e não faltam cenas que mostram um erotismo natural, fruto, segundo conhecidos do pintor, de sua paixão pelas nativas. A cor adquire mais preponderância representada pelos vermelhos intensos, amarelos, verdes e violetas. Morou durante algum tempo em Pont-Aven, na Bretanha, onde sua arte amadureceu. Posteriormente, morou no sul da França, onde conviveu com Vincent Van Gogh. Numa viagem à Martinica, em 1887, Gauguin passou a renegar o impressionismo e a empreender o "retorno ao princípio", ou seja, à arte primitivista. Tinha idéia de voltar ao Taiti, porém não dispunha de recursos financeiros. Com o auxílio de amigos, também artistas, organizou um grande leilão de suas obras. Colocou à venda cerca de 40 peças. A maioria foi comprada pelos próprios amigos de Gauguin, como por exemplo Theo Van Gogh, irmão de Vincent van Gogh, que trabalhava para a Casa Goupil (importante estabelecimento que trabalhava com obras de arte). Mesmo conseguindo menos de 3 mil francos, em meados de 1891 regressou ao Taiti, onde pintou cerca de uma centena de quadros sobre tipos indígenas, como "Vahiné no te tiare" ("A moça com a flor") e "Mulheres de Taiti", além de executar inúmeras esculturas e escrever um livro, Noa noa. Quando voltou a Paris, realizou uma exposição individual na galeria de Durand-Ruel, voltou ao Taiti, mas fixou-se definitivamente na ilha Dominique. Nessa fase, criou algumas de suas obras mais importantes, como "De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?", uma tela enorme que sintetiza toda sua pintura, realizada antes de uma frustrada tentativa de suicídio utilizando arsênio. Em setembro de 1901, transferiu-se para a ilha Hiva Oa, uma das Ilhas Marquesas, onde veio a falecer de sífilis.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-62799415231088155312010-12-25T16:51:00.003-02:002010-12-25T17:18:35.798-02:00Édouard Manet<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuEzZTTqf1aFCwSFGGh4JIxb4FeSL83PQSOHHgJmMvRtJ3yOE5Y1euEbRObcz4ALeJKELixm5C_gqN3eMxSjcwrARpPDCSvqGO0P77FPsvQu1P8igfLYNditjSo-VqXITL8xqYL1jhC3Ch/s1600/Edouard+Manet.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5554701375779793634" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuEzZTTqf1aFCwSFGGh4JIxb4FeSL83PQSOHHgJmMvRtJ3yOE5Y1euEbRObcz4ALeJKELixm5C_gqN3eMxSjcwrARpPDCSvqGO0P77FPsvQu1P8igfLYNditjSo-VqXITL8xqYL1jhC3Ch/s400/Edouard+Manet.jpg" /></a>Édouard Manet, Paris, 23 de janeiro de 1832 — 30 de abril de 1883, Paris, foi um pintor e artista gráfico francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XIX. Os gostos de Manet não vão para os tons fortes utilizados na nova estética impressionista. Prefere os jogos de luz e de sombra, restituindo ao nu a sua crueza e a sua verdade, muito diferente dos nus adocicdos da época. O trabalhado das texturas é apenas sugerido, as formas, simplificadas. Os temas deixaram de ser impessoais ou alegóricos, passando a traduzir a vida da época, e, em certos quadros, seguiam a estética naturalista de Zola e Maupassant. Manet era criticado não apenas pelos temas, mas também por sua técnica, que escapava às convenções acadêmicas. Freqüentemente inspirado pelos mestres clássicos e em particular pelos espanhóis do Século de Ouro, Manet influenciou, entretanto, certos precursores do impressionismo, em virtude da pureza de sua abordagem. A esta sua liberação das associações literárias tradicionais, cômicas ou moralistas, com a pintura, deve o fato de ser considerado um dos fundadores da arte moderna. Suas principais obras foram: Almoço na relva ou Almoço no Campo, Olímpia, A sacada, O tocador de pífaro e A execução de Maximiliano. Manet nasceu em Paris em 23 de janeiro de 1832. Seu pai, Auguste, era um alto funcionário do Ministério da Justiça e descendia de uma ilustre família burguesa da capital francesa. Sra Manet (cujo sobrenome de solteira era Fournier) era filha de um diplomata francês na Suécia. Manet tinha dois irmãos mais novos: Eugène e Gustave. Apesar da educação austera, Manet pode descobrir o mundo artístico graças a um tio, o capitão Édouard Fournier, que levava Édouard e seu irmão Eugène às galerias do Museu do Louvre para admirar os grandes mestres. Aos 12 anos, Édouard foi enviado ao colégio Rollin (hoje liceu Jacques Decour), perto de Montmartre. Na escola, Édouard foi decepcionante era pouco aplicado e um pouco insolente. Os péssimos resultados obtidos por Édouard na escola fizeram sua família repensar nas ambições nutridas no filho primogênito, a família queria que Manet estudasse direito. Cientes que Édouard não tinha vocação para uma carreira jurídica seus pais não se opuseram ao seu desejo de tornar-se marinheiro. O primeiro fracasso ao tentar entrar na Escola Naval fez com que Édouard só entrasse para carreira de uma maneira menos nobre: pelo trabalho. Em dezembro de 1848, Édouard embarcaria no barco-escola "Havre et Guadeloupe" para o Brasil como um simples marinheiro. Se esta experiência não confirmou que Édouard não tinha vocação para a marinha lhe trouxe uma grande experiência. Foi no Brasil que ele desenvolveu um certo gosto pelo exótico, pelas mulheres e desenvolveu uma repulsa ao escravismo. Marcou-o muito a luminosidade da baia de Guanabara que haveria de deixar traços marcantes na sua maneira de pintar. De volta a França em junho de 1849, Manet novamente fracassaria ao tentar entrar para Escola Naval. Após os seguidos fracassos ao tentar entrar para Escola Naval, Manet consegue apoio de seus pais para estudar no ateliê do pintor e mestre Thomas Couture, onde ficou por seis anos. Thomas Couture tinha um estilo acadêmico, estudou na École des Beaux-Arts de Paris ("Escola de Belas Artes"), suas mais conhecidas obras foram "Os Romanos" e "A decadência". Durante seis anos, Manet procurou aprender as bases técnicas da pintura e fez cópias de obras expostas no Louvre (cópias de obras de Ticiano, Velazquez, Tintoretto e Delacroix). Manet completou seu aprendizado viajando e conhecendo museus de outros países euporeus (Itália, Holanda, Alemanha, Áustria e outros). Em uma das viagens à Itália, Manet copiaria "Vênus de Urbino" de Ticiano que seria sua inspiração para fazer anos depois "Olympia". Em 1852, Manet teve um filho ilegítimo com Suzanne Leenhoff. Suzanne tinha origem holandesa e era professora de piano. O pai de Manet se opôs ao casamento dos dois que só aconteceu depois que o Sr. Manet morreu. No ano de 1856, Manet deixou o atelier de Couture por divergências artísticas. Segundo Couture, Manet não tinha tons intermediários entre a luz a e sombra. Para Manet, esses tons intermediários debilitavam a sombra e a luz, portanto ele acabava usando cores quase puras. Em 1859, Manet envia o seu primeiro trabalho ao Salão de Paris ("O Bebedor de Absinto"), obra realista influenciada pelas obras do pintor Gustave Courbet e também pela obra Menippe de Diego Velázquez. A obra foi recusada pelo Salão. O júri não estava aberto ainda para novas ideias. A imagem do bebedor apareceria em outro quadro de Manet, "O velho músico" de 1862. Após o abandono do ateliê de Couture, Manet tinha um certo fascínio pela arte da Península Ibérica. Entre as suas obras da época estão: "Lola de Valência" (que retrata uma dançarina em trajes espanhóis tradicionais), "O Cantor Espanhol", "Jovem Homem em costume de Majo", "Bailado Espanhol" e "Mile V. em costume de espada" (cuja modelo foi Victorine Meurent vestida de toureiro). Estes dois últimos expostos no Salão dos Recusados de 1863. Seu período hispânico era influenciado pelas obras de Diego Velázquez. Victorine Meurent teria um papel importante na obra de Manet, ele a conheceu durante seus estudos com Couture e a partir deste momento ela se tornaria uma modelo frequente de suas obras. O quadro "O Cantor Espanhol" foi seu primeiro quadro exposto ao Salão de Paris em 1861 junto a obra "Retrato de Sr. e Sra. Auguste Manet" (um retrato de seus pais). O "Cantor Espanhol" ganhou destaque na exposição pelas suas cores vivas e ganhou menção honrosa, já "Retrato do Sr. e Sra Auguste Manet" era uma obra típica dos tempos do ateliê de Couture, uma obra mais clássica. A última obra sob a influência espanhola foi "O Homem morto" de 1864. Quando Manet o pintou, ele era bem maior e se chamava "Incidente na Tourada", porém ele acabou recebendo críticas devido à crueldade da cena e Manet, então, dividiu o quadro e sua maior parte recebeu o nome de "O homem morto". Manet era um jovem amigável e sociável. Quando começou a fazer sucesso foi prontamente aceito em círculos de intelectuais e aristocratas parisienses. Frequentava assiduamente os Jardins das Tulherias (Jardin des Tuileries em francês) com a presença constante de seu amigo, Baudelaire, local que serviu de inspiração para a obra A música na Tulherias de 1862. A obra A música na Tulherias marca o seu rompimento com o realismo em sua primeira obra impressionista. Há a presença de pessoas bem próximas a Manet retratadas nesta obra, entre elas Baudelaire e Eugène Manet, seu irmão). Baudelaire e Manet já se conheciam desde 1858, mas tornaram-se grandes amigos tempos depois. A partir de 1863 surgiu o Salão dos Recusados, onde quadros que não entravam no salão oficial poderiam ser expostos ali. Manet expôs neste salão de 1863 três quadros: "Victorine Mereunt em costume de toureiro", "Rapaz em costume espanhol" e "Almoço na relva". O quadro "Almoço na Relva" foi um escândalo para a época pela nudez que alguns acharam vulgar, ele trazia dois homens vestidos e uma mulher nua. Suzanne Leenhoff (sua mulher) e Victorine Meurent (sua modelo preferida) posaram para a composição da mulher nua, sendo o corpo de Suzanne e o rosto de Victorine. "Olympia", pintada em 1863 mas só apresentada ao público em 1865, causou reações contrárias mais fortes do que "Almoço na relva". Era um retrato de uma jovem prostituta nua e havia uma referência audaciosa à obra de Ticiano (Vênus de Urbino). A modelo novamente foi Victorine Meurent retratada nua e aos seus pés um gato negro ao invés de um cachorro como no quadro de Ticiano. Em uma atmosfera erótica havia também falta de perspectiva (técnica onde se vê o tamanho certo dos objetos em relação a distância). Neste mesmo ano o pai de Manet morreria e ele acabaria se casando com Suzanne Leenhoff pouco após a morte dele. Suzanne foi retratada em muitos quadros de Manet entre eles "A ninfa surpresa" (de 1861), "A leitura" (de 1865) e "Suzanne Manet em seu piano" (de 1867). Manet tinha tido um filho com Suzanne, Léon Leenhoff, mas jamais reconheceu sua paternidade. Léon também posaria para vários quadros entre sua infância e adolescência, entre eles "As bolas de sabão" (de 1867) e "O almoço no Ateliê" (de 1868). Este último presente na exposição do Salão de Paris de 1869. No ano de 1867, "O tocador de Pífaro" foi recusado no Salão Oficial de Paris. Fato que fez com que Émile Zola escrevesse uma artigo no L’Événement defendendo a tela (Zola seria retratado por Manet em 1868, quadro que foi aceito no Salão do mesmo ano). No ano seguinte, 1867, após ser excluído do Salão Internacional, promoveu com seu próprio dinheiro uma exposição de suas obras, mas, sem sucesso de público, a exposição foi um fracasso. No mesmo ano ele pintou "A execução de Maximiliano", uma obra de indignação em relação à morte de Maximiliano de Habsburgo abandonado por Napoleão III no México. Manet trabalhou mais de um ano na produção de uma grande tela histórica e comemorativa. O resultado é claramente inspirado em "Três de Maio" de Goya mas com um resultado totalmente diferente. Em 1868, Manet entraria para o Salão Oficial com "Retrato de Émile Zola" e "Mulher com papagaio". A partir deste ano, ele passaria seus verões em Boulogne-sur-Mer, cidade litorânea francesa da região de Pas-de-Calais. Lá ele realizaria algumas marinhas entre outras como "Clarão da lua sobre o porto de Boulogne" e a "Partida do Vapor Flokestone" ambas de 1869. No salão de 1869, colocou duas obras no Salão Oficial: "O balcão" e "Almoço no Ateliê". "O Balcão" que não foram bem recebidos pelos críticos pela sua falta de perspectiva. Neste quadro aparece a figura de Berthe Morisot, jovem pintora que ao conhecer Manet no Louvre tornou-se uma grande amiga e acabou sendo retratada em vários de seus quadros. Berthe acabou casando-se posteriormente com o irmão de Manet, Eugène. Entre os quadros mais famosos em que Berthe foi modelo estão o "Berthe Morisot de Chapéu Preto" e " Retrato de Berthe Morisot reclinada" ambos de 1872, além de "O balcão". Em 1870, com a guerra franco-prussiana, Manet levou sua família a fronteira da Espanha e alistou-se na Guarda Nacional. Ele passou o ano de 1874 em Bennevilliers perto de Argenteuil onde seus amigos Monet e Renoir estavam na maior parte do tempo pintando ao ar livre. Ao visitar Monet em Argenteuil, Manet e ele sairam de barco pelo rio Sena para pintar. Desta época entrou para o salão de 1875 seu quadro "Monet em seu barco estúdio". Em 1876, Manet faria uma exposição particular com muito sucesso. No ano de 1881, Manet ganharia o direito de participar permanentemente do Salão Oficial sem julgamento prévio. Em 1882 Manet apresentou seu último quadro pintado "Bar em Folies-Bergère" no Salão de Paris. Manet contraiu sífilis o que lhe causou muitas dores e paralisia parcial. Em 1883, Manet tem a perna esquerda amputada devido a gangrena e morreu dias após. Ele tinha 51 anos quando morreu e está enterrado no cemitério de Passy em Paris.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-49766787785234074122010-12-13T00:50:00.004-02:002010-12-13T02:30:00.067-02:00Jenny Saville<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzl9MovG3VB0NXQmNMMVuR783TFbyUMNkAXWnqWKZK15ENsFEu0QT-jjS57cjiL-9e_ai5sP7I990YteChebEZnI4t_cOeU5DscsCLUD_ew-iUFRs8zSQoSStygdVDfGXn0h2pidAWfqMx/s1600/Jenny+Savile.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5550019230316057202" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzl9MovG3VB0NXQmNMMVuR783TFbyUMNkAXWnqWKZK15ENsFEu0QT-jjS57cjiL-9e_ai5sP7I990YteChebEZnI4t_cOeU5DscsCLUD_ew-iUFRs8zSQoSStygdVDfGXn0h2pidAWfqMx/s400/Jenny+Savile.jpg" /></a>Jenny Saville, nascido em Cambridge em 1970, é uma pintora inglesa, uma das principais jovens artistas britânicas e é mais conhecida por suas imagens monumentais de mulheres. Saville foi para a Escola Lilley e Stone (agora The Grove Specialist Science College), Notts Newark para os seus estudos secundários, mais tarde ganhando seu diploma na Glasgow School of Art (1988-1992), e foi então atribuída uma bolsa de seis meses para a Universidade de Cincinnati, onde ela afirma que viu "Muitas mulheres grandes. Muita carne branca de shorts e camisetas. Era bom de ver, porque elas tinham o físico que eu estava interessada em pintar". Um físico que eram parcialmente os créditos de Pablo Picasso, um artista que ela vê como um pintor que fez súditos como se "eles não estivessem solidamente... fugaz". Ela estudou na Slade School of Fine Art, entre 1992 e 1993. No final de sua pós-graduação, o importante colecionador de arte britânico, Charles Saatchi, comprou seu show inteiro sênior e as obras realizadas para os próximos dois anos. Em 1994, Saville passou muitas horas observando as operações de cirurgia plástica, em Nova York. Saville não atende a percepção pública dos habituais YBAs como ela tem dedicado sua carreira à pintura a óleo figurativa tradicional. Seu estilo de pintura tem sido comparado ao de Lucian Freud e de Rubens. Suas pinturas são geralmente muito maior do que o tamanho natural. Elas são fortemente pigmentadas e dar uma impressão altamente sensual da superfície da pele, bem como a massa do corpo. Ela acrescenta, por vezes, marcas no corpo, como o branco "alvo" anéis. Desde a sua estreia em 1992, Saville mantêve o foco sobre o corpo feminino, um pouco divergentes em assuntos com "sexo flutuante ou indeterminados", pintura de quadros em grande escala de transexuais e travestis. Seus desenhos publicados e documentos incluem fotografias cirúrgico de lipoaspiração, vítimas de trauma, a correção da deformidade, os estados de doença e os pacientes transexuais. Sua pintura Estratégia (Face Sul / Frontal / North Face) apareceu na capa do Manic Street Preachers "terceiro álbum , A Bíblia Sagrada. Além disto, Stare (2005) apresenta como a capa do nono Manic Street Preachers 2009 álbum Journal For Plague Lovers. Esta capa do álbum ficou em segundo lugar em uma enquete de 2009 para Best Art Vinyl. Saville vive e trabalha entre Londres e Palermo.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-53751594144484047592010-12-13T00:43:00.002-02:002010-12-13T00:48:13.150-02:00Aloísio Magalhães<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOoMfBoFMeHFS9wYfLfMPnWn81_Zr37NDj1GvcTePl-WHtE9jmY6IhX33CXtS0KDab_YaW8hqOnhbI5h-NjZFrxiZaBD6SVcMQz7r-lHQ8YWnGNmuEFRn9sgs-VfMX7vK-3gH6lD7vWVZt/s1600/Alo%25C3%25ADsio+Magalh%25C3%25A3es.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5549992266092500994" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOoMfBoFMeHFS9wYfLfMPnWn81_Zr37NDj1GvcTePl-WHtE9jmY6IhX33CXtS0KDab_YaW8hqOnhbI5h-NjZFrxiZaBD6SVcMQz7r-lHQ8YWnGNmuEFRn9sgs-VfMX7vK-3gH6lD7vWVZt/s400/Alo%25C3%25ADsio+Magalh%25C3%25A3es.jpg" /></a>Aloísio Magalhães, Pernambuco, 5 de novembro de 1927 - Itália, 13 de junho de 1982, foi um designer gráfico e pintor brasileiro. É considerado um dos pioneiros na introdução do design moderno no Brasil, tendo ajudado a fundar a primeira escola superior de design neste país, a Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro (ESDI). É normalmente considerado pela crítica um dos mais importantes designers gráficos brasileiros do século XX. Além de designer, foi artista plástico e secretário geral do Ministério da Educação e da Cultura (MEC). Foi diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e esteve sempre ligado a questões próprias da cultura brasileira. Fundou em 1960 o escritório M+N+P em conjunto com Luiz Fernando Noronha e Artur Lício Pontual, posteriormente se transformando na atual PVDI - Programação Visual Desenho Industrial. Ao lado dos novos sócios Joaquim Redig e Rafael Rodrigues, projetou a identidade visual da Petrobrás, do IV Centenário do Rio de Janeiro. Em 1965, foi responsável pela criação da primeira logomarca da TV Globo, uma estrela de quatro pontas. Foi responsável pelo projeto gráfico das notas do cruzeiro novo (moeda adotada no país a partir de 1966). Foi também membro fundador d'O Gráfico Amador, uma private press que, através de suas experiências tipográficas, teve influência significativa sobre o moderno design gráfico brasileiro. Aloísio faleceu em Pádua, Itália em 1982, quando tomava posse como presidente da Reunião de Ministros da Cultura dos Países Latinos. Após sua morte foi editado o livro E triunfo?, registrando seu pensamento e sua ação à frente dos organismos federais de cultura.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-85446244471959254122010-12-09T20:39:00.004-02:002010-12-09T21:41:41.553-02:00Michael O'Toole<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHwey-A1YNZSUtQpVldYiiVbtg7vqxk_i-E2KIWceQL8Hz-HIBr3w2XkH6thT5jcmkxd1HOZe4uOhxGjP7MlFvYbaQk81L20Cu2gqIVYSxf83EOOOCQUS5aZ5GtgQAagUVicUZcXABdo3u/s1600/Michael_O%2527toole.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5548821582490235314" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHwey-A1YNZSUtQpVldYiiVbtg7vqxk_i-E2KIWceQL8Hz-HIBr3w2XkH6thT5jcmkxd1HOZe4uOhxGjP7MlFvYbaQk81L20Cu2gqIVYSxf83EOOOCQUS5aZ5GtgQAagUVicUZcXABdo3u/s400/Michael_O%2527toole.jpg" /></a>Michael O'Toole, nasceu em Vancouver, British Columbia, em 1963, é um pintor e desenhista canadense. Michael por um curto período viveu em Toronto onde participou da BCIT que trabalham para várias empresas de arquitetura, foi também onde estudou desenho de arquitectura. Michael se sente confortável com uma variedade de meios, incluindo acrílica, aquarela, caneta e tinta, grafite e guache. Ele pinta uma vasta gama de assuntos, incluindo paisagem, marinhas, arquitetura e retratos. Ele trabalha em um estilo impressionista, que traz vitalidade à sua obra. Michael acredita que seu estilo de pintura é um equilíbrio de emoção e habilidade técnica. Para Michael, a pintura tornou-se uma "paixão que tudo consome". Ele teve exposições de sucesso em Vancouver, Vancouver Island, Ilha Saltspring e da província de Quebec, e lecionou e publicou extensivamente. O trabalho de Michael pode ser encontrada em inúmeras colecções privadas e corporativas em todo o Canadá, EUA, Inglaterra, Japão e Europa.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-75644213525886137512010-12-09T20:34:00.002-02:002010-12-09T20:38:21.963-02:00Armand Guillaumin<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvJyDfR8fxFEMznQR8i7BfzDm1EQ2gIEh-RAoPx4UuD5F_ObepPrLbV6MS-kar-B8xmsNXp9a9F3WBDwipr8DVbMHXK9XJ02RvzG9zPGMbdj-STSc3vmHitdcI_Yp0VUaVCQJ3gNW5k8he/s1600/Armand+Guillaumin.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5548814850978052594" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvJyDfR8fxFEMznQR8i7BfzDm1EQ2gIEh-RAoPx4UuD5F_ObepPrLbV6MS-kar-B8xmsNXp9a9F3WBDwipr8DVbMHXK9XJ02RvzG9zPGMbdj-STSc3vmHitdcI_Yp0VUaVCQJ3gNW5k8he/s400/Armand+Guillaumin.jpg" /></a>Armand Guillaumin, Moulins, 16 de fevereiro de 1841 - Orly, 26 de junho de 1927, foi um pintor e grabador francês de estilo impresionista. Enquanto outros maestros de seu círculo (como Renoir e Cézanne) abandonaram cedo o impresionismo puro e conformaram estilos mais pessoais, Guillaumin se manteve fiel aos rasgos mais reconocibles de dita corrente e é considerado de facto o impresionista mais fiel e longevo. Nasceu como Jean-Baptiste Armand Guillaumin, desde menino viveu em Paris, capital que algumas fontes citam erroneamente como seu lugar de nascimento. Trabalhou na mercería de seu tio ao mesmo tempo que recebia classes de desenho. Também trabalhou para um caminho-de-ferro do governo francês dantes de estudar na Academia Suíça em 1861. Ali conheceu a Paul Cézanne e Camille Pissarro, com quem manteve uma longa amizade. Sua afición pela arte absorvia-lhe a cada vez mais tempo, o qual desagradaba a sua família, pelo que Guillaumin optou por emanciparse deles e prosseguir sua formação como pintor. Ao igual que Cézanne, sofreu penúrias económicas já que deixou de contar com o apoio familiar e mal vendia algum quadro. Ambos jovens pintores compartilharam um velho estudo que tinha ocupado Charles-François Daubigny e contaram com o apoio do doutor Gachet, quem depois seria amigo de Vão Gogh. Guillaumin expôs no Salon dês Refusés (dos Recusados) em 1863. Ainda que nunca atingiu a altura de Cézanne e Pissarro, a influência de Guillaumin na obra destes foi significativa. Cézanne tentou seu primeiro gravado baseando-se em pinturas de Guillaumin de barcazas no rio Sena, e em outro aguafuerte retrató a Guillaumin de corpo inteiro, sentado no solo. Esta imagem de 1873 titula-se em francês Guillaumin au pendu (Guillaumin com ahorcado) pela curiosa figurita de um homem ahorcado que Cézanne incluiu nela a modo de anagrama. Nesses anos Guillaumin realizou uns dez gravados, todos de paisagens. Guillaumin participou em várias das exposições impresionistas que o grupo organizou entre 1874 e 1886. Fez-se amigo de Paul Gauguin, quem apresentou-lhe a vários artistas jovens como Odilon Redon. Conta-se que Gauguin intrigó para se atrair a amizade de Guillaumin e distanciar de outros artistas, mas Gauguin marchou ao estrangeiro para 1885, e Guillaumin ficou quase só. Foi então quando este entabló amizade com Vincent vão Gogh cujo irmão, Theo vendeu algumas de suas obras. Já nesses anos, o impresionismo que ele representava ganhava estimativa no mercado, e suas obras recebiam elogios. Em 1886 casou-se. Em 1891 Guillaumin ganhou um prêmio de lotería de 100.000 francos, uma verdadeira fortuna que lhe permitiu viver alheio às exigências do mercado e pintar como ele queria. Isto lhe distanciou das correntes mais rompedoras do momento, ainda que recuperou vigência quando lhe dedicaram uma antológica no Salão de Outono. Em 1904 viajou a Holanda e realizou ao menos dois gravados de paisagens do lugar. Conhecido por suas cores intensas, os principais museus do mundo mostram obras de Guillaumin, conquanto em Espanha sua presença reduz-se ao Museu Thyssen-Bornemisza. Conhece-se-lhe sobretudo por suas paisagens de Paris, o departamento de Creuse , e a região ao redor de Lhes Adrets-de l'Estérel, cerca da costa mediterránea, na região francesa de Provenza-Alpes-Costa Azul. Faleceu em 1927 em Orly (Val-de-Marne), localidade onde se acha um dos aeroportos de Paris.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-27505907828446317982010-12-08T04:47:00.002-02:002010-12-08T04:53:34.134-02:00Hélio Oiticica<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx6ssEDqAV-qG7vZYxo3pJIfKfCaxbfQpl4_p23NEw6xeN7x8xEDgikGSWGU9u50q-vaIiMGoZPfg5f4slW4YycMGSdq4h3v3xRZHE866_V9a3EjG6P2Y8E5WrV8TTov5ipCysF6wChlzq/s1600/H%25C3%25A9lio+Oiticica.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5548200165066805730" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx6ssEDqAV-qG7vZYxo3pJIfKfCaxbfQpl4_p23NEw6xeN7x8xEDgikGSWGU9u50q-vaIiMGoZPfg5f4slW4YycMGSdq4h3v3xRZHE866_V9a3EjG6P2Y8E5WrV8TTov5ipCysF6wChlzq/s400/H%25C3%25A9lio+Oiticica.jpg" /></a>Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, 26 de julho de 1937 - Rio de Janeiro, 22 de março de 1980, foi um pintor, escultor, artista plástico e performático de aspirações anarquistas. É considerado por muitos um dos artistas mais revolucionários de seu tempo e sua obra experimental e inovadora é reconhecida internacionalmente. Neto de José Oiticica, anarquista, professor e filólogo brasileiro, autor do livro O anarquismo ao alcance de todos (1945). Em 1959, fundou o Grupo Neoconcreto, ao lado de artistas como Amilcar de Castro, Lygia Clark, Lygia Pape e Franz Weissmann. Na década de 1960, Hélio Oiticica criou o Parangolé, que ele chamava de "antiarte por excelência" e uma pintura viva e ambulante. O Parangolé é uma espécie de capa (ou bandeira, estandarte ou tenda) que só mostra plenamente seus tons, cores, formas, texturas, grafismos e textos (mensagens como “Incorporo a Revolta” e “Estou Possuido”), e os materiais com que é executado (tecido, borracha, tinta, papel, vidro, cola, plástico, corda, palha) a partir dos movimentos de alguém que o vista. Por isso, é considerado uma escultura móvel. Em 1965, foi expulso de uma mostra no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro por levar ao evento integrantes da Mangueira vestidos com parangolés. A experiência dos morros cariocas fazia parte da dimensão da sua obra. Foi também Hélio Oiticica que fez o penetrável Tropicália, que não só inspirou o nome, mas também ajudou a consolidar uma estética do movimento tropicalista na música brasileira, nos anos 1960 e 1970. Oiticica o chamava de "primeiríssima tentativa consciente de impor uma imagem "brasileira" ao contexto da vanguarda". Os penetráveis têm como pré-requisito a incursão do visitante, ou seja, os ambientes coloridos só funcionam com a presença do espectador. Outras de suas criações são os bólides, recipientes cheios de pigmento que trazem a cidade para uma mostra de arte. Um conjunto tem água da Praia de Ipanema e o asfalto da Avenida Presidente Vargas, "que espreitam o espaço" e esperando o público para detonar experiências estéticas. Em 16 de outubro de 2009, um incêndio destruiu cerca de duas mil obras do artista plástico - aproximadamente 90% do acervo (avaliado em 200 milhões de dólares), que era mantido na residência do seu irmão, no bairro do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Além de quadros e dos famosos "parangolés", no local também eram guardados documentários e livros sobre o artista. Uma grande parte dos documentos de Hélio Oiticica perdidos no incêndio foram preservados pela digitalização realizada pelo Programa Hélio Oiticica, coordenado pela curadora e crítica de arte Lisette Lagnado e desenvolvido em uma parceria entre o Instituto Itaú Cultural e o Projeto Hélio Oiticica.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-40410422772618686912010-12-08T03:44:00.002-02:002010-12-08T04:25:47.605-02:00Akiane Kramarik<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE5GbkTTcTe3EBD5TRtlQ88djJhumga4eLPxvozVrNGuB8tpWeNdF7mtB8ntqrziZ65mLbNEHSvmWfu59wUGMRQaPaqYdbxXK5PDw0viRNWAv3mPqJf_8L_-BeTPH0N9CAWnwLvZyivXeI/s1600/Akiane+Kramarik.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5548191611580484018" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE5GbkTTcTe3EBD5TRtlQ88djJhumga4eLPxvozVrNGuB8tpWeNdF7mtB8ntqrziZ65mLbNEHSvmWfu59wUGMRQaPaqYdbxXK5PDw0viRNWAv3mPqJf_8L_-BeTPH0N9CAWnwLvZyivXeI/s400/Akiane+Kramarik.jpg" /></a>Akiane Kramarik nasceu em Mount Morris, um conhecido bairro da cidade de Detroit, no estado de Illinois, no dia 9 de Julho de 1994, é uma criança prodígio, uma artista e poetisa americana. Akiane Kramarik é filha de mãe lituana e de pai norte-americano. Sua genealogia inclui poloneses, húngaros, eslovacos, russos, boêmios, chineses, franceses, dinamarqueses, judeus e germânicos. Segundo o Site Oficial da pequena artista, ela não freqüenta escolas, sendo ensinada em casa por professores particulares. É, inicialmente, uma autodidata em pintura artística, Akiane Kramarik começou a desenhar aos quatro anos de idade, pinta desde os seis e compõe poesias desde os seus sete anos. Seu primeiro auto-retrato foi vendido por dez mil dólares. Como ela mesma diz, sua arte é inspirada nas visões do céu, bem como em sua ligação com o Criador. Sua arte inclui paisagens, vida selvagem, retratos de pessoas. Aos dez anos, ela participou de uma entrevista do programa de TV norte-americano The Oprah Winfrey Show, e também apareceu na rede CNN.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-11911750780170332892010-12-08T03:24:00.002-02:002010-12-08T03:43:28.110-02:00Frédéric Bazille<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhllymqnyJpS-tse62Dg7fOoR8IKbo_I04jRjzbsuQjYYIVcEFFRnOIPJn-yGZ9A6iFjda7klmQdV7fpHpIJZh8tdYYEbD3E7-IWjvGZffbOxUCEkVcX75aiIggtTu8DWUzOhbnQIcqA9z8/s1600/Frederic+Bazille.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5548182397048037106" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhllymqnyJpS-tse62Dg7fOoR8IKbo_I04jRjzbsuQjYYIVcEFFRnOIPJn-yGZ9A6iFjda7klmQdV7fpHpIJZh8tdYYEbD3E7-IWjvGZffbOxUCEkVcX75aiIggtTu8DWUzOhbnQIcqA9z8/s400/Frederic+Bazille.jpg" /></a>Jean Frédéric Bazille, Montpellier, 6 de dezembro de 1841 - Baune-la-Rolande, 28 de novembro de 1870, foi um pintor francês. Nasceu de uma família protestante de classe média. Teve interesse pela pintura depois de conhecer alguns trabalhos de Eugene Delacroix. Sua família deixou que estudasse pintura, mas com a condição que, também, estudasse medicina. Bazille iniciou seus estudos de medicina em 1859 e mudou-se para Paris em 1862 para que pudesse continuar seus estudos. Lá ele conheceu Pierre-Auguste Renoir, que era adepto da pintura Impressionista, e começou a ter aulas no estúdio-escola "Gleyre". Após falhar em seu exame de medicina, em 1864, passou a pintar em tempo integral. Bazille era amigo de Claude Monet, Alfred Sisley e Édouard Manet, ajudou alguns desses artistas dando a eles espaço em seu estúdio e materiais para usar. Com apenas 23 anos pintou vários trabalhos famosos, incluindo 'O Vestido Cor-de-Rosa'. Sua melhor pintura conhecida é 'Reunião de Família'. Frédéric Bazille morreu em 28 de novembro de 1870 em Baune-la-Rolande, na Guerra Franco-Prussia.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-87783612418982241062010-12-08T02:42:00.004-02:002010-12-08T03:22:32.006-02:00Alfred Sisley<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh44spCdoGJVreYMaYeKEBWnw0lIRPoIVZrpNigw0gm8uxRCwKUO-gzWM-M1DtAIJP42w1Ny28jVXCFwXiEuTi2JCtVcNyiHeZm9f-0b80lENjocBUhpFwa-C7NaoM2Wtv9LrzV5oa3Mofv/s1600/Alfred+Sisley.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5548175816707195618" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh44spCdoGJVreYMaYeKEBWnw0lIRPoIVZrpNigw0gm8uxRCwKUO-gzWM-M1DtAIJP42w1Ny28jVXCFwXiEuTi2JCtVcNyiHeZm9f-0b80lENjocBUhpFwa-C7NaoM2Wtv9LrzV5oa3Mofv/s400/Alfred+Sisley.jpg" /></a>Alfred Sisley, Paris, 30 de Outubro de 1839 - Moret-sur-Loing, 29 de Janeiro de 1899, foi um pintor francês de ascendência e nacionalidade britânica. Sisley nasceu em Paris, filho de pais ingleses, tendo estudado comércio em Londres antes de entrar para a escola de Gleyre. No ateliê de Paris, Sisley conheceu Renoir, Bazille e Monet, com os quais passava horas pintando no bosque de Fontainebleau. Em 1877 participou da terceira exposição do grupo impressionista. Junto com Pissarro, Sisley foi um dos mais representativos paisagistas do impressionismo. Seus primeiros quadros revelaram uma certa influência da obra de Corot, mas pouco a pouco começou a se diferenciar dele, dando mais importância à cor do que à forma. Dono de uma capacidade surpreendente de observação, Sisley era capaz de captar os matizes mais sutis da luz, habilidade que demonstra em seus quadros das estações do ano. Também é muito singular o modo como consegue homogeneizar água, terra e céu, inundando suas paisagens de uma paz transcendental. O galerista Durand-Ruel expôs seus quadros, sem sucesso, em Paris. Mais tarde, em 1890, Sisley foi indicado como acadêmico da Sociedade Nacional de Belas-Artes, onde expôs suas obras pela última vez, no ano de 1898. A família de Sisley proveniente de Manchester morava em Paris quando Alfred Sisley nasceu. O pai, Willian, exportava flores artificiais. A mãe, Felicia Sell, era de uma família inglesa culta. Enquanto o pai estimulava Alfred Sisley a se interessar pelo comércio, a mãe o estimulava o gosto pela música. Entre 1857 e 1861, Sisley ficou em Londres para aprender sobre comércio mas também frequentou vários museus na capital inglesa. Quando retornou a Paris trocou o comércio pela pintura matriculando-se no ateliê de Gabriel Gleyre, onde conheceu outros pintores como Frédéric Bazille, Claude Monet e Renoir. Em 1863, Sisley abandonou o ateliê de Gleyre. Tempos depois ele e seus novos amigos foram pintar na floresta de Fontainebleau, pintar ao ar livre e aperfeiçoar o uso de efeito da luz do sol. Até praticamente 1870, Sisley pintava com tons escuros a partir de então suas cores se tornam mais vivas e mais claras adotando mais as técnicas impressionistas. Iniciou uma série de obras pintadas à margem dos rios, tema constante de suas obras. O pai foi a falência com o final da guerra franco prussiana e morreu pouco tempo depois. Com a falência do pai, Sisley teve de passar a viver com o próprio trabalho já que o pai lhe ajudava financeiramente evitando até então de passar dificuldades. Durante a comuna de Paris, ele refugiou-se com a família em Voisin-Louveceiennes, aldeia próxima a Paris. Em 1872, Sisley conheceu o marchand Paul Durand-Ruel que investia seu dinheiro em obras impressionistas. Em 1874, Sisley expôs cinco telas na exposição independente ao Salão Oficial de Paris, mas não vendeu nenhuma tela, aliás a exposição foi um fracasso. No ano seguinte, assim como os outros pintores impressionistas, Sisley passava por dificuldades financeiras por isso resolveram fazer uma nova exposição onde conseguiu vender algumas telas por pouco dinheiro. Mesmo assim ainda fizeram a segunda e terceira exposição indepentente sem muito sucesso também, Sisley novamente não vendeu nenhuma tela. Em 1877, Sisley mudou-se para Sèvres onde pintou a aldeia em várias telas. Dois anos depois foi rejeitado no salão oficial e acabou se mudando para Veneux-Nadon. No ano seguinte mudou-se para uma casa perto da floresta de Fontainebleu. Ano após ano sua sua situação financeira piorava. Procurou ajuda do marchand Durand que em 1883 promoveu-lhe uma exposição que foi um fracasso. Pouco tempo depois mudou-se para Sablons. Cinco anos mais tarde voltou a morar em Moret-sur-Loing. Foi só no ano de 1890 que Sisley pode receber um pouco de reconhecimento por seu trabalho ao participar da exposição promovida pela Sociedade Nacional de Belas Artes. Em 1897, George Petit, um marchand, promoveu uma exposição completa de Sisley, não vendeu nenhum quadro. Em 1898, Eugenie Lescouezec, sua mulher morreu em 8 de outubro. Alfred Sisley morreu alguns meses depois em 29 de janeiro de 1899 sem o reconhecimento merecido em vida.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-27687381167982940622010-12-07T04:49:00.002-02:002010-12-07T05:23:06.661-02:00Zhang Xiaogang<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiTXDKsn81S7EUdR8UbWcc23IyO1o9L9lcdQrNHq3dDFpUEZnMjEmZmifc_gTt8bRnFu0MBnb7gL1p7b4-qeo2ufMpLR3WYQS5qtNyMaCvX-d-GvOLh6K5nhDiQioUDozEEyUl4KWdOeWf/s1600/Zhang_Xiaogang.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5547828919762128418" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiTXDKsn81S7EUdR8UbWcc23IyO1o9L9lcdQrNHq3dDFpUEZnMjEmZmifc_gTt8bRnFu0MBnb7gL1p7b4-qeo2ufMpLR3WYQS5qtNyMaCvX-d-GvOLh6K5nhDiQioUDozEEyUl4KWdOeWf/s400/Zhang_Xiaogang.jpg" /></a>Zhang Xiaogang, nasceu em Kunming, na província chinesa de Yunnan, em 1958, é um pintor contemporâneo, surrealista e simbolista Chinês. Foi premiado com o Prémio de Bronze na 22ª Bienal de Arte de São Paulo em 1994. Ele fez uma série de pinturas de Bloodline, que muitas vezes são retratos monocromátios estilizados do povo chinês, geralmente com grandes olhos escuros, colocados de uma forma rígida deliberadamente lembrando os retratos de família a partir da década de 1950 e 60. A Revolução Cultural, exerceu uma certa influência na sua pintura. Em 1982, graduou-se na Academia de Belas Artes de Sichuan, na cidade de Chongqing, na província de Sichuan, em seguida, se juntou a um grupo de jovens de jovens pintores de vanguarda, que ganhou notoriedade durante a década de 1980. Como Wang Guangyi, Beihong Xu e Wu Guanzhong, Zhang Xiaogang pertence ao best-seller de artistas contemporâneos chineses e é um dos favoritos dos colecionadores estrangeiros. Suas pinturas aparecem com destaque no filme Sunflower de 2005. Zhang fez uma série de retratos de chineses intitulada Bloodline e em 21 de Março de 2007, a tela de Bloodline: Three Comrades, foi vendida por 2.112.000 dólares pela Sotheby's em Nova Iorque. Ele é representado pela galeria Pace, em Nova York / Pequim & Beijing em Pequim. Pintores ocidentais, incluindo Richter, Picasso e Dali são influências de Zhang. Ele cita a descoberta de fotos de sua mãe como uma mulher jovem e atraente como uma inspiração fundamental para a série Bloodline. Referindo-se às pinturas Bloodline, Zhang observou que velhas fotografias "são uma linguagem visual específica" e diz: ". Estou procurando criar um efeito de" fotografias falsas "- para voltar a embelezar já" embelezada "histórias e vidas" Ele disse: "Na superfície dos rostos nestes retratos parecem tão calma como água parada, mas no fundo há grande turbulência emocional dentro desta situação de conflito a propagação dos destinos obscuros e ambíguos é levado de geração em geração". Quanto à influência das transformações políticas da China em suas pinturas, Zhang disse, "Para mim, a Revolução Cultural é um estado psicológico, não um fato histórico. Tem uma ligação muito estreita com a minha infância, e eu acho que há muitas coisas que liga o psicológico de hoje do povo chinês com a psicologia do povo chinês da época". Quanto ao formato retrato-like das obras, observou ele, "posando para uma foto, as pessoas já apresentam uma certa formalidade. Já é algo artificial. O que eu faço é aumentar essa artificialidade e essa sensação de formalismo." Questionado sobre o título completo da série Bloodline. Bloodline: Big Family, Zhang disse: Nós todos vivemos "em uma grande família". A primeira lição que temos que fazer é aprender a nos proteger e manter as nossas experiências trancada em uma câmara interior, longe dos olhos curiosos dos outros, enquanto, ao mesmo tempo viver em harmonia como um membro desta grande família. Nesse sentido, a "família" é uma unidade para a continuidade da vida e um mecanismo idealizado para a procriação. Ele encarna o poder, esperança, vida, inveja, mentiras, dever e amor. A "família" se torna o modelo padrão e o foco para as contradições das experiências de vida. Interagem e dependem umas das outras para apoio e segurança. As pinturas Bloodline, muitas vezes apresentam pequenas manchas de cor, que estão abertos a uma variedade de interpretações. Uma vez eu li em um livro do artista experimental Eduardo Paolozzi, pela British, que foi muito influente para mim: 'Uma pessoa pode muito facilmente ter a idéia certa, mas escolher os meios errados para expressá-lo ou ele pode ter os meios certos, mas falta uma idéia clara'." Disse Zhang Xiaogang.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-90996503785822152802010-12-07T04:28:00.002-02:002010-12-08T04:54:34.640-02:00Fernando Botero<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo8ngBdaFQvHhR6sxQhPXq4WzEK3k2tU9xgnucNFsPexC5rJ3o4BWzBI65rKqGX3BtC2nUzPqzGJfAL-t2oimY5_5arUrRYKKYNnoXh_2brQCCBW7ZtVuhiir3_iYS8Ua-SaDqoQ5PqLRy/s1600/Fernando_Botero.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5547825236358169538" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo8ngBdaFQvHhR6sxQhPXq4WzEK3k2tU9xgnucNFsPexC5rJ3o4BWzBI65rKqGX3BtC2nUzPqzGJfAL-t2oimY5_5arUrRYKKYNnoXh_2brQCCBW7ZtVuhiir3_iYS8Ua-SaDqoQ5PqLRy/s400/Fernando_Botero.jpg" /></a>Fernando Botero é um pintor e escultor colombiano, nascido em 1932, na cidade de Medellin. Suas obras destacam-se sobretudo por figuras rotundas, o que pode sugerir a estaticidade da humanidade. Há de se perceber uma crítica social, especialmente no que diz respeito à ganância do ser humano. Nos anos 50 estudou em Madri, onde acrescentou os mestres espanhóis a seu interesse por arte pré-colombiana, colonial espanhola e pelos temas políticos do muralista mexicano Diego Rivera. Sua primeira mostra foi em 1951, em Bogotá, mas sua formação teve início em 1953, quando ingressou na Academia de San Marco (Florença), para estudar técnicas de afresco e assimilou algo da arte renascentista. Botero, em intertextualidade com a famosa obra de Jan van Eyck, O Casal Arnolfini, criou sua releitura do quadro, com formas redondas, assim como fez com a famosa Mona Lisa de Leonardo da Vinci.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-8618037641997470102010-12-07T04:26:00.001-02:002010-12-07T04:28:54.099-02:00Jean-Honoré Fragonard<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj610C6OFUvFFO0Zx5cljq9Q0WN_taFU2t-I2JL8l_i4q2LRNk7pw4JfhKnW8YNTH8sEmKgZNkfNvX5UwNs2EPAjWEn2MqVI7ZTodZu87jLtdqI1Eve9NTyRaJBP87LAB3CYQAlSPXu5pQH/s1600/Jean-Honor%25C3%25A9+Fragonard%25E2%2580%258F.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5547822990484233330" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj610C6OFUvFFO0Zx5cljq9Q0WN_taFU2t-I2JL8l_i4q2LRNk7pw4JfhKnW8YNTH8sEmKgZNkfNvX5UwNs2EPAjWEn2MqVI7ZTodZu87jLtdqI1Eve9NTyRaJBP87LAB3CYQAlSPXu5pQH/s400/Jean-Honor%25C3%25A9+Fragonard%25E2%2580%258F.jpg" /></a>Jean Honoré Fragonard, Grasse, 5 de abril de 1732 - Paris, 22 de agosto de 1806, foi um pintor francês, cujo estilo Rococó foi distinguido por sua notável facilidade, exuberância e hedonismo. Um dos mais prolíficos artistas ativos nas últimas décadas do Antigo Regime, Fragonard produziu mais de 550 pinturas (sem contar desenhos e águas-fortes), das quais apenas cinco são datadas. Entre suas obras mais populares estão as pinturas de gênero, que transmitem uma atmosfera de intimidade e erotismo. Nasceu em Grasse, Alpes-Maritimesna França, filho de um luveiro. Quando enviado à Paris por seu pai, demonstrou ali talento e interesse pela arte, conhecendo François Boucher. Boucher reconheceu os dotes do jovem, mas decidiu não gastar seu tempo no desenvolvimento da formação dele, enviando-o à ateliê de Jean-Baptiste-Siméon Chardin. Fragonard estudou durante seis meses sob a tutela do grande iluminista e, em seguida, retornou mais preparado para Boucher, cujo estilo ele logo adquiriu tão completo que o comandante confiou-lhe a execução de réplicas de suas pinturas. Depois, transferiu-se para Roma (1756), onde se empolgou com a obra de Giovanni Battista Tiepolo. Protegido do abade e amante das artes Richard de Saint-Non, viajaram pela Itália pesquisando as obras dos grandes mestres até que ambos fixaram residência em Paris (1761). Sua consagração veio com a apresentação no Salão de Paris (1765) com o enorme quadro de tema trágico, O sumo sacerdote Coreso sacrificando-se para salvar Calirroé, que foi adquirido pelo rei Luís XV. Entrou para a a Academia Real (1765) e casou-se (1769) com Marie-Anne Gérard, e novamente viajou para a Itália, onde pintou uma série de desenhos de vistas e paisagens. Retornando a Paris (1773), reduziu sua pintura de paisagens com pequenas figuras, passando a se dedicar a reprodução de cenas domésticas e sentimentais. Fragonard foi tão ignorado, que Lübke, em sua História da Arte (1873) omite a menção de seu nome. No entanto, a influência de Fragonard na manipulação de cor local e expressiva não pode ser subestimada. Na última fase de sua vida pintou cenas de amor e da natureza e morreu em Paris, pobre e quase esquecido.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-21664985194796678872010-12-07T04:05:00.003-02:002010-12-07T04:23:04.933-02:00Frank Stella<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCyHs-coQTdIRR5X04F_3JBF8C8Ux0q3K5AoZhvT0EN7STm_hDNGFwd9xhACSO9MObbx-jrkV3aC8Q1GJ3RoPjISZT4oY5XJ1qM19eaAT5cA73VPBIvdzLbMG7djK0-TjZjUone_LniKtg/s1600/Frank+Stella.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5547821264769444850" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCyHs-coQTdIRR5X04F_3JBF8C8Ux0q3K5AoZhvT0EN7STm_hDNGFwd9xhACSO9MObbx-jrkV3aC8Q1GJ3RoPjISZT4oY5XJ1qM19eaAT5cA73VPBIvdzLbMG7djK0-TjZjUone_LniKtg/s400/Frank+Stella.jpg" /></a>Frank Philip Stella, 12 de maio de 1936. É um dos artistas contemporâneos mais importantes e ecléticos dos Estados Unidos. Seu trabalho abrange pintura, objetos, arte gráfica e projetos arquitetônicos. Iniciou seus estudos artísticos na Phillips Academy e na Universidade de Princeton, vendo-se influenciado pelas obras de Noland, especialmente por seus quadros recortados que estavam pintados com cores planas ou bandas monocromáticas. Acabaram se conhecendo na exposição "Sixteen Americans" que organizou no MOMA em 1959. Ao renunciar ao expressionismo abstrato, Stella converte-se desde a década de 1960 num dos máximos representantes da abstração geométrica e construtivista que preludia a arte minimalista. Suas pinturas-relevo ocuparam um papel fundamental no desenvolvimento da vanguarda norte-americana. A partir de 1958, com seus Black Paintings, converte-se num dos máiores representantes da chamada nova abstração, antecedente direto do minimalismo. Foi um dos criadores e promotores do hard edge, e do desenvolvimento do shaped canvas ou pintura de marco recortado. Seus quadros-objetos e suas pinturas-relevo ocuparam um papel fundamental no desenvolvimento da neo-vanguarda norte-americana e internacional. Em 1960 apresenta sua primeira mostra individual na Galeria Leio Castelli de Nova York. Em 1962 exibe numa mostra coletiva no Whitney Museum de Nova York e em 1963 é nomeado artista residente em Dartmouth College (New Hampshire). Entre outras tantas exposições coletivas que se realizaram durante a década do 60, Stella participou em algumas das mais importantes, relacionadas com a nova abstração e a arte minimalista, como por exemplo, Toward a New Abstraction (Jewish Museum, NY, 1963) ou Systemic Painting (Guggenheim Museum, NY, 1966). Já em 1964 tinha participado da XXXII Bienal de Veneza e em 1965 da VIII Bienal de São Paulo com outros artistas norte-americanos. Também em 65, participa do Prêmio Internacional Torcuato Dei Tella, em Buenos Aires, com três de suas pinturas de marcos recortados. Em 1968 faz parte do IV Documenta em Kassel com as gravuras feitos em Gemini GEL junto ao maestro impressor Kenneth Tyler, com quem seguirá trabalhando até a atualidade. Em 1969 expõe no Metropolitan Museum of Art de Nova York. Em 2010, participa pela primeira vez com uma peca na SPArte, a convite da Almacen Galeria, apresentando um trabalho da serie Bali, Poera.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-91003993141334061012010-12-07T03:22:00.002-02:002010-12-07T04:04:49.918-02:00Chico Anysio<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxf9Ab8-tWRHt0HIb6NEUSjLYFThygtrROamosR10GvowPatehKhDbZiN6bYZmqZ9Ra8_QHPxCBPw_CJZoE5ZK_iIVFIIJ6kpLVl3xtRSAJ2X2XueY0B9aypuXAg3EKojWIomODP_ttofM/s1600/Chico+Anysio.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5547810568890424866" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxf9Ab8-tWRHt0HIb6NEUSjLYFThygtrROamosR10GvowPatehKhDbZiN6bYZmqZ9Ra8_QHPxCBPw_CJZoE5ZK_iIVFIIJ6kpLVl3xtRSAJ2X2XueY0B9aypuXAg3EKojWIomODP_ttofM/s400/Chico+Anysio.jpg" /></a>Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, conhecido como Chico Anysio, nasceu em Maranguape, no estado do Ceará, no dia 12 de abril de 1931, é um humorista, ator, escritor, compositor e pintor brasileiro. Ao lado de Chacrinha e Sílvio Santos, Chico é considerado um dos maiores nomes de todos os tempos da televisão brasileira. O "Show-man" é um dos maiores artistas de todos os tempos. Chico Anysio trabalhou ao lado, ou mesmo dirigindo, os maiores nomes do humor brasileiro no rádio ou na televisão, como: Paulo Gracindo, Grande Otelo, Costinha, Walter D'Ávila, Jô Soares, Renato Corte Real, Agildo Ribeiro, Ivon Curi, entre muitos outros brilhantes humoristas. Chico Anysio mudou-se com sua família para o Rio de Janeiro quando tinha seis anos de idade. Iniciou no rádio na Rádio Guanabara, onde exercia várias funções: radioator, comentarista de futebol, etc. Participou do programa Papel carbono de Renato Murce. Trabalhou, na década de 1950, nas rádios "Mayrink Veiga", "Clube de Pernambuco e Clube do Brasil. Nas chanchadas da década de 50, Chico passou a escrever diálogos e, eventualmente, atuava como ator em filmes da Atlântida Cinematográfica. Na TV Rio estreou em 1957 o Noite de Gala. Em 1959, estreou o programa Só Tem Tantã, lançado por Joaquim Silvério de Castro Barbosa, mais tarde chamado de Chico Total. Além de escrever e interpretar seus próprios textos no rádio, televisão e cinema, sempre com humor fino e inteligente, Chico se aventurou com relativo destaque pelo jornalismo esportivo, teatro, literatura e pintura, além de ter composto e gravado algumas canções. Entre as canções que Chico compôs estão: Hino ao Músico, de Chico Anysio, Nancy Wanderley e Chocolate. Que foi tema de abertura do seu programa Chico Anysio Show, na TV Excelsior, TV Rio e TV Globo, e nos espetáculos teatrais, como o do Ginástico Português, no Rio, em 1974, acompanhado sempre do violonista brasileiro Manuel da Conceição, o "mão de vaca"; Rancho da Praça XI, de Chico Anysio e João Roberto Kelly. Interpretado por Dalva de Oliveira. A música fez grande sucesso no carnaval do IV Centenário do Rio de Janeiro, em fevereiro de 1965; A Fia de Chico Brito, de Chico Anysio. Um grande sucesso interpretado por Elis Regina; Rio Antigo, de Notato Buzar e Chico Anysio, gravado pela cantora Alcione.</div><div align="justify">O humorista Chico Anysio é bem conhecido. Não há brasileiro que não tenha visto pelo menos um dos mais de 200 personagens criados pelo ator. Seu livro "Como Segurar Seu Casamento" também causou muita polêmica desde que foi lançado. Também atuou em filmes como Tieta do Agreste, de Cacá Diegues, no qual interpreta brilhantemente o pai da protagonista. Agora é a vez de conhecer o Chico Anysio artista plástico com sua pintura acrílica sobre tela composta por paisagens de vários países por onde passou. Chico Anysio considera ter um dom que é o de fazer outras pessoas rirem e refere-se a si mesmo como um "comediante que", ou seja, um comediante que escreve e pinta. Entretanto, leva sua pintura a sério e diz que essa será sua profissão na velhice, pois tem consciência de que chegará o dia em que não mais poderá interpretar vários de seus personagens. Suas obras são inspiradas em fotos que ele mesmo tirou durante as várias viagens que fez ao longo da vida. Na exposição, é possível encontrar desde o Arco do Triunfo, em Paris, até uma praia havaiana. Muitas paisagens de várias partes do Brasil e do mundo pintadas no estilo fauvista. Chico começou a carreira de pintor em 78, pintando marinhas e seguindo uma linha acadêmica, essencialmente técnica, aprendida com Roberto de Souza. Trocou de professor e ele o fez mudar de estrada, tornando-se fauve e, segundo ele próprio, beirando o expressionismo. Faz vários quadros de uma só vez, começando pelo céu.</div><br /><div align="right"><em>"O céu determina as cores de baixo."</em></div><div align="right">Chico Anysio</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-33510890281360177182010-11-29T20:55:00.002-02:002010-11-29T22:04:03.809-02:00Manoel Santiago<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrpdW_HCmr1bNxi4lpBQlHIDjy2YuDTYqOkROnpCJZkMcw_xR8VtWaEWTtn8izZ9ySND3kQaIYO6qu6UVwTeuWYD-SBqMN_lPPDWyz5nPgZM_zGmUcB5jz898qieoFFEjq0KlXy2NPRjme/s1600/Manoel+Santiago.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5545125677021618322" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrpdW_HCmr1bNxi4lpBQlHIDjy2YuDTYqOkROnpCJZkMcw_xR8VtWaEWTtn8izZ9ySND3kQaIYO6qu6UVwTeuWYD-SBqMN_lPPDWyz5nPgZM_zGmUcB5jz898qieoFFEjq0KlXy2NPRjme/s400/Manoel+Santiago.jpg" /></a>Manoel Colafante Caledônio de Assumpção Santiago, mais conhecido como Manoel Santiago, Manaus, 25 de março de 1897 - Rio de Janeiro, 29 de outubro de 1987, foi um pintor, desenhista e professor brasileiro. Marido da pintora brasileira Haydéa Santiago e pai adotivo do pintor primitivo Assunção Santiago, começou seus estudos de desenho e pintura em 1903, quando mudou com a família para Belém do Pará. Aos 22 anos foi para o Rio de Janeiro. Cursou a faculdade de Direito ao mesmo tempo em que estudava na Escola Nacional de Belas Artes, onde foi aluno de grandes artistas, como Baptista da Costa e Rodolfo Chambelland. Ainda teve aulas particulares com Eliseu Visconti. De 1927 a 1932 morou em Paris em goso da bolsa oferecida pelo governo brasileiro, já que ganhou o Prêmio Viagem ao Exterior no Salão Nacional de Belas Artes. Retornando ao Brasil (1932) foi professor do Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro; integrou o renomado Núcleo Bernardelli junto com Edson Mota, Milton Dacosta, Ado Malagoli, Sílvio Pinto,José Pancetti, entre outros. Sendo mais velho e tendo maiores conhecimentos de arte, serviu como orientador aos seus companheiros nas aulas de Pintura e Desenho. Produziu os murais para o Prédio da Alfândega no Rio de Janeiro e para o extinto Instituto do Açúcar e Álcool, na mesma cidade. Participou de exposições e mostras como o Salão dos Artistas Franceses, Salão de Outono, criou e expôs o Salão Primavera, Salão Colonial dos Artistas Franceses, Salão de Inverno, Bienais paulistas, cariocas e estrangeiras, Salão Panamericano, entre outros. Recebeu os mais famosos prêmios ou menções honrosas, na Arte no Brasil e algumas no Exterior. Possui obras em diversos museus, e importantes coleções particulares, no Brasil e no Exterior. É considerado um dos mais notáveis pintores impressionista de sua geração. Era um artista com grande vigor pictórico que produziu inúmeros bons trabalhos de rara beleza, como disse o marchand brasileiro Ricardo Barradas, que foi amigo do grande artista e de sua família, frenquentando por diversas vezes, o ateliê de Santiago no Parque Guinle, no Rio de Janeiro. Ricardo Barradas, diz, ainda: " Sobre a vida do grande mestre da pintura brasileira Manoel Santiago, existem certas inverdades. Santiago, pintou até o último dia de sua vida. Parecia que o menino amazonense, tinha herdado, para toda a vida, o vigor da Grande Selva. O ar e a arte, exercitadas diariamente eram substratos essenciais cotidianos para a vida desse grande artista." Em uma justa homenagem, o antigo Museu de Manaus, chama-se hoje Museu Manoel Santiago, no Estado do Amazonas. Atualmente não existe nenhum representante legal de sua arte, assim como não existe nenhum Projeto Oficial do artista no Brasil. </div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-43997254936570942632010-11-15T22:39:00.002-02:002010-11-15T22:48:34.292-02:00Amedeo Modigliani<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUJKJFAPEoozH5PSPs7ngZG8DJqevCfjHB9Bv9M3B16Ol3aAhZ68WAifG3D6Bu2CEx7ArWbXSguob2c4TEpsNhAt7hLLuK40JwTG4obr8ctb6Q3XsRTQfj-jDGzaOfIF6EEEYwweivcI9t/s1600/Amedeo+Modigliani.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5539942026517709330" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUJKJFAPEoozH5PSPs7ngZG8DJqevCfjHB9Bv9M3B16Ol3aAhZ68WAifG3D6Bu2CEx7ArWbXSguob2c4TEpsNhAt7hLLuK40JwTG4obr8ctb6Q3XsRTQfj-jDGzaOfIF6EEEYwweivcI9t/s400/Amedeo+Modigliani.jpg" /></a>Amedeo Clemente Modigliani, filho de abastada família judia, nasceu em Livorno, 12 de Julho de 1884 — Paris, 24 de Janeiro de 1920, foi um artista plástico e escultor italiano que viveu em Paris. Um artista principalmente figurativo, ele se tornou conhecido por pinturas e esculturas em estilo moderno caracterizado por faces mascara e alongamento da forma. Ele morreu de meningite tuberculosa, agravada pela pobreza, excesso de trabalho, alcool e drogas (haxixe).Modigliani nasceu em uma família judia, em Livorno, Itália. A cidade portuária, Livorno, por muito tempo serviu de refúgio para os perseguidos devido sua religião e era o lar de uma grande comunidade judaica. Seu avô materno, Solomon Garsin, tinha emigrado para Livorno no século 18 como um refugiado. Modigliani foi o quarto filho de Flaminio Modigliani e sua esposa francesa, Eugenia Garsin. Seu pai era um cambista, mas quando seu negócio faliu, a família começou a viver na pobreza. O nascimento de Amedeo salvou a família da ruína, pois de acordo com uma lei antiga, os credores não podiam tomar a cama de uma mulher grávida ou de uma mãe com um filho recém-nascido. Os oficiais de justiça entraram na casa da família, justamente quando Eugenia entrou em trabalho de parto. A família então protegeu seus pertences mais valiosos colocando-os em cima dela. Modigliani teve uma estreita relação com sua mãe, que deu-lhe aulas até ele completar dez anos. Na infância, sofreu de diversas doenças graves: pleurisia, tifo e tuberculose, o que comprometeu sua saúde pelo resto da vida - mas cujo tratamento forçava-o a constantes viagens e grande intercâmbio cultural até a mudança definitiva a Paris, em 1906. É conhecido por ter começado a desenhar e pintar precocemente, antes mesmo dos estudos habituais. Ao quatorze anos, durante uma crise de febre tifóide, ele delirava e em seus delírios, falava que queria acima de tudo ver as pinturas no Palazo Pitti e Uffizi, em Florença. Sua mãe então prometeu a ele que assim que recuperado, o levaria a Florença. Ela não só cumpriu a promessa como o matriculou com o melhor mestre de pintura em Livorno: Guglielmo Micheli. Como outros pintores e artistas, viveu a experiência da extrema pobreza. Por meio dos companheiros de arte, conheceu o poeta polaco Leopold Zborowski, que se tornaria seu melhor e mais devotado amigo, além de incentivador e marchand. Em 1917, Zborowski consegue para Modigliani uma exposição individual na galeria Weil. A exposição durou apenas um dia, pois se transformou num escândalo graças ao nus expostos na vitrine da galeria. A grande musa de Amedeo foi Jeanne Hébuterne, com quem teve uma filha, Jeanne, em 1918. Complicações na saúde fazem o pintor viajar para o sul da França com a esposa e a filha, a fim de recuperar-se. Retorna a Paris ao final de 1918. Na noite de 24 de janeiro de 1920, aos 36 anos, Modigliani morre de tuberculose, agravada pelo consumo excessivo de álcool e drogas (haxixe). Foi sepultado no célebre Cemitério do Père-Lachaise. No dia seguinte à morte do pintor, sua esposa Jeanne, grávida de nove meses, suicidou-se ao atirar-se do quinto andar de um edifício. Fruto de diversas culturas, amigo de tantos artistas e encontrando-se numa conturbada fase de questionamentos e transições, sua obra entretanto não pode ser considerada filiada a nenhum dos estilos, dotada toda ela de um estilo próprio e autônomo. Seus nus, que provocaram escândalo em seu tempo, revelam não sensualidade, mas um desnudamento da alma humana. Seu estilo faz parte de um momento em que a arte pictórica, confrontada à fotografia, lutava para conquistar seu espaço, seus valores e sua estética. Nota-se em suas esculturas uma forte influência da arte africana e cambojana, que provavelmente conhecera no "Musée de l'Homme". Seu interesse pelas máscaras africanas é evidente no tratamento dos olhos de seus modelos. Com o agravamento de sua doença, a partir de 1912 abandona a escultura, concentrando-se apenas na pintura. </div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-34531071191639441222010-11-15T22:33:00.002-02:002010-11-15T22:36:58.820-02:00Diego Rivera<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq8laBcGjZeZGpd4Oa1erWUUxZ58OFm7YiRruTa6E5PIMLSWtuHQCIhlP-X6xtdjB1Yd5ulcRtWoV63H4uKvyCiXNwcDN6ha3230qKo8o0BvJKJyEOqHAvmJqBOtJr3K6u1sOwYC6b2FHV/s1600/Diego+Rivera.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5539939433590421186" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq8laBcGjZeZGpd4Oa1erWUUxZ58OFm7YiRruTa6E5PIMLSWtuHQCIhlP-X6xtdjB1Yd5ulcRtWoV63H4uKvyCiXNwcDN6ha3230qKo8o0BvJKJyEOqHAvmJqBOtJr3K6u1sOwYC6b2FHV/s400/Diego+Rivera.jpg" /></a>Diego Rivera, de nome completo Diego María de la Concepción Juan Nepomuceno Estanislao de la Rivera, Guanajuato, 8 de dezembro de 1886 - San Ángel, 24 de novembro de 1957, de origem judaica, foi um dos maiores pintores mexicanos. Diego Rivera estudou na Academia de Bellas Artes de San Carlos, no México, mas partiu para a Europa, beneficiado de uma bolsa de estudo, onde ficou de 1907 até 1921. Esta experiência enriqueceu-o muito em termos artísticos, pois teve contacto com muitos pintores da época como Pablo Picasso, Salvador Dalí, Juan Miró e o arquiteto catalão Antoni Gaudí, que influenciaram a sua obra. Começou a trabalhar num ateliê em Madrid, Espanha. Nessa época conhece sua primeira esposa: a pintora russa Angelina Beloff. Com ela, Diego teve um filho. Logo depois, ela falece. Juntamente com José Clemente Orozco e David Siqueiros criou o movimento muralístico mexicano. Eles acreditavam que só mesmo o mural poderia redimir artisticamente um povo que esquecera a grandeza de sua civilização pré-colombiana durante séculos de opressão estrangeira e de espoliação por parte das oligarquias nacionais culturalmente voltadas para a metrópole espanhola. Assim como os outros muralistas, considerava a pintura de cavalete burguesa, pois em maior parte dos casos as telas ficavam confinadas em coleções particulares. Ao longo de sua vida, criou mais de dois mil quadros, cinco mil desenhos e cerca de quatro mil metros quadrados de pintura mural. iniciou uma fase de gigantescos murais que contavam a historia politica e social do México mostravam a vida e o trabalho do povo mexicano,seus heróis, a terra, as lutas contra as injustiças, as inspirações e aspirações. Em 1929 casou-se com a pintora mexicana Frida Kahlo,a qual pesquisadores com base na autópsia de Frida acreditam ter sido envenenada por uma das amantes de Diego Rivera. Em 1930 Rivera foi para os Estados Unidos onde permaneceu por 4 anos e lá também pintou vários murais.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-33962318863167481192010-11-15T22:06:00.002-02:002010-11-15T22:08:26.630-02:00Émile Bernard<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm89Is75HK5tnw6yCAqkp00mhLkJ6Bzh1K9ytHCelF94z_DYKzaQJXdTS1VqfscmCQ51ps5ubiOQg9NTm2W6f_HAVzhXLZFYfHzwFT3dl_KU28SMOwX_8xFjAX7EzvnxjkLqo_YifPznIe/s1600/%25C3%2589mile+Bernard.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5539932222087043746" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm89Is75HK5tnw6yCAqkp00mhLkJ6Bzh1K9ytHCelF94z_DYKzaQJXdTS1VqfscmCQ51ps5ubiOQg9NTm2W6f_HAVzhXLZFYfHzwFT3dl_KU28SMOwX_8xFjAX7EzvnxjkLqo_YifPznIe/s400/%25C3%2589mile+Bernard.jpg" /></a>Émile Bernard, França, Lille, 28 de abril de 1868 - 16 de abril de 1941, foi um pintor pós-impressionista e escritor. Segundo as biografias de Vincent van Gogh, pintor que, 10 anos mais joven que Vincent, amigo e confidente, manteve correspondência e trocou quadros até a morte do célebre pintor holandês na época em que ambos moravam em Paris. Recebeu crítica positiva do mestre impressionista sobre suas suas cores e tons. Foi um dos poucos, assim como Theo van Gogh, que não se distanciou emocional ou mentalmente de van Gogh. Auxiliou seu irmão a realizar a primeira retrospectiva póstuma de Vincent. Não logrou espaço célebre no meio da pintura e somente é conhecido por estudiosos de van Gogh e poucos "fans". Seguiu pintando com afinco até a morte por natureza espontânea.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-88391746567997506092010-11-15T21:31:00.001-02:002010-11-15T21:38:03.713-02:00Aldo Bonadei<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgea88pjptQArJjDCX1JNbFHUrP7KrxK3cZQ56urvjcJap1m6uLJw81rYoDRJGILUZxG0HMAtRYOujlokGqpdRV_N_itqgJQX5cvjnqVR8aQmm8j0rikZkFNFMLFNFpDACw8KmTGvUwPeFS/s1600/Aldo+Bonadei.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5539924548217090066" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgea88pjptQArJjDCX1JNbFHUrP7KrxK3cZQ56urvjcJap1m6uLJw81rYoDRJGILUZxG0HMAtRYOujlokGqpdRV_N_itqgJQX5cvjnqVR8aQmm8j0rikZkFNFMLFNFpDACw8KmTGvUwPeFS/s400/Aldo+Bonadei.jpg" /></a>Aldo Cláudio Felipe Bonadei, mais conhecido por Aldo Bonadei, São Paulo, 17 de junho de 1906 — São Paulo, 16 de janeiro de 1974, foi um pintor brasileiro, e destacado integrante do Grupo Santa Helena por sua formação mais erudita. O interesse por diferentes áreas levou-o a desenvolver atividades em poesia, moda e teatro. O artista teve importante atuação, entre os anos 1930 e 1940, na consolidação da arte moderna paulista e foi um dos pioneiros no desenvolvimento da arte abstrata no Brasil. No fim da década de 50 atuou como figurinista na Companhia Nydia Lícia - Sérgio Cardoso e em dois filmes de Walter Hugo Khoury.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-17410636836522425222010-11-15T21:02:00.001-02:002010-11-15T21:05:31.599-02:00Alexander Calder<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVAQ6aB04_A1JuWVFAgvprEZ49UAOQDxGF9Q1mfgi2mGSQC_PSGQsTe-tdR27-WSYIQ9aJDspoxf8wacQWzyN7i-p-NXvCUG_CUj-forqGGg5mEnmZ3QoyGM5N_t1o3oECIOCwtCTR9six/s1600/Alexander+Calder.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5539915822999515458" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVAQ6aB04_A1JuWVFAgvprEZ49UAOQDxGF9Q1mfgi2mGSQC_PSGQsTe-tdR27-WSYIQ9aJDspoxf8wacQWzyN7i-p-NXvCUG_CUj-forqGGg5mEnmZ3QoyGM5N_t1o3oECIOCwtCTR9six/s400/Alexander+Calder.jpg" /></a>Alexander Calder, Lawton, Pensilvânia, 22 de julho de 1898 - New York, 11 de novembro de 1976, também conhecido por Sandy Calder, foi um escultor e artista plástico estadunidense famoso por desenvolver seus móbiles. Filho de escultora e pintor, nascido nos Estados Unidos da América, Alexander Calder quando criança fazia seus próprios brinquedos. Formou-se em engenharia e antes de se dedicar à escultura foi pintor e ilustrador. Em 1926 , após visitar a Grã-Bretanha, fixou-se em Paris, onde conheceu surrealistas, dadaístas e os componentes do grupo De Stijl. Data dessa época sua amizade com Joan Miro. Construiu um circo em miniatura, com animais de madeira e arame. Os seus “espetáculos” eram assistidos por artistas e intelectuais. Fez, também em arame, as suas primeiras esculturas: Josephine Baker (1926), Romulu and Remus (1928), Spring (1929). De 1931 datam as suas primeiras construções abstratas, nitidamente influenciadas por Mondrian. Os primeiros móbiles são de 1932. Em 1933 Calder voltou aos Estados Unidos. Em 1948 viajou à América do Sul e de novo em 1959. Nessa última ocasião, visitou o Brasil, onde expôs no Museu de Arte de São Paulo. Em 1950 foi à Escandinávia. Calder ocupa lugar especial entre os escultores modernos. Criador dos stabiles, sólidas esculturas fixas, e dos móbiles, placas e discos metálicos unidos entre si por fios que se agitam tocados pelo vento, assumindo as formas mais imprevistas – a sua arte, no dizer de Marcel Duchamp, “é a sublimação de uma árvore ao vento”. Calder foi o primeiro a explorar o movimento na escultura e um dos poucos artistas a criar uma nova forma – o mobile. Nos últimos anos mantinha um estúdio em Saché, perto de Tours e embora vivesse aí a maior parte do tempo, conservou sua fazenda de Roxbury, Connecticut, comprada em 1933, e que se tornara um verdadeiro repositório de trabalhos e objetos feitos por ele – desde os andirons espiralados da lareira rústica até às bandejas feitas com latas de azeite italiano.</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-229055761425429438.post-35459365862022379452010-11-15T20:57:00.009-02:002010-11-15T21:47:48.531-02:00Mücha<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirT60kinKavS769L4acZwPzA47xoG1ToD4CU1Ykeo9oFoL1m2MviJm1oZIg5S5Oqth7hjqFsgbZmEDC56Hu3inP4nEwx3rSksHNqlHVSYKtZPskvlZProAqDjGfteq_tKe3EOLEs9eSX2k/s1600/Alfons+Maria+Mucha.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5539926618289210450" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirT60kinKavS769L4acZwPzA47xoG1ToD4CU1Ykeo9oFoL1m2MviJm1oZIg5S5Oqth7hjqFsgbZmEDC56Hu3inP4nEwx3rSksHNqlHVSYKtZPskvlZProAqDjGfteq_tKe3EOLEs9eSX2k/s400/Alfons+Maria+Mucha.jpg" /></a>Alfons Maria Mücha, Ivancice, 24 de julho de 1860 — Praga, 14 de julho de 1939, foi um ilustrador e designer gráfico checo e um dos principais expoentes do movimento Art Nouveau. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão os cartazes para os espetáculos de Sarah Bernhardt realizados na França de 1894 a 1900 e uma série chamada Épicos Eslavos entre 1912 e 1930 Mucha também foi um fundador do DG-09 criando o grupo dos WOLFS um dos mais consagrados da ESPAV - Escola Secundaria Padre António Vieira .</div>O Pintorhttp://www.blogger.com/profile/09839763792206026333noreply@blogger.com0